Estádio do Dragão: 15 anos, outras tantas memórias
O "covil" dos "dragões" celebra, esta sexta-feira dia 16 de Novembro, década e meia de existência. Recordamos 15 dos melhores e piores momentos do estádio mais titulado em Portugal.
No estádio desenhado pelo arquitecto Manuel Salgado foram disputadas 351 partidas. Desses encontros, os dragões venceram três quartos, somando 264 triunfos que culminaram na conquista de 24 títulos, três dos quais internacionais. São mais de 30 mil minutos que enchem o Dragão de inúmeras memórias. Para assinalar a efeméride, escolhemos as 15 que se seguem.
Inauguração (2003)
Helicópteros, ilusionismo e fogo-de-artifício: a primeira noite do Dragão foi de gala, embelezada com vitória sobre o Barcelona, por 2-0. Na formação “blaugrana” estreou-se um jovem desconhecido, então com 16 anos, chamado Lionel Messi.
Primeiro jogo europeu (2004)
Para além de ter sido o primeiro jogo da “Champions” no novo estádio dos “azuis-e-brancos”, a vitória do Porto sobre o Manchester United, a 25 de Fevereiro de 2004, significou o início da caminhada que iria culminar com a conquista da Liga dos Campeões em Gelsenkirchen, frente ao Mónaco. Um bis de Benni McCarthy deu a vitória aos pupilos de José Mourinho.
Tragédia grega, parte um (2004)
O encontro inaugural do Euro 2004 marcou a primeira de duas derrotas de Portugal frente à selecção helénica. Karagounis e Angelos Basinas colocaram os gregos a vencer por duas bolas ao intervalo. Cristiano Ronaldo ainda reduziu de cabeça, mas o desaire não pôde ser evitado.
Recinto multifacetado
Ao longo de década e meia de existência, o Dragão não foi só feito de futebol. Vários concertos, eventos de animação e até corridas de automóveis já passaram pelo relvado do recinto desportivo.
O golo de David que tombou Golias (2007)
A eliminação do Porto na Taça de Portugal na quarta eliminatória da Taça, frente ao Atlético, equipa da II divisão, apanhou de surpresa os campeões nacionais. Um golo de David na segunda parte foi suficiente para confirmar o feito hercúleo da formação de Alcântara. Ricardo Quaresma, nos descontos, não conseguiu converter uma grande penalidade, enviando a bola ao ferro da baliza forasteira.
O remate teleguiado de CR7 (2009)
Após um empate em Old Trafford, os “dragões” estavam optimistas na passagem às semi-finais. Até que, ao minuto seis, um remate do “meio da rua” do internacional português entrou no ângulo superior esquerdo da baliza defendido por Helton. “Foi o melhor golo de Ronaldo, até à data”, afirmaria Sir Alex Fergunson, após o apito final.
Jesualdo conquista tetra (2009)
A vitória frente ao Nacional da Madeira confirmou o quarto título nacional consecutivo, numa década dominada pelos dragões. Jesualdo Ferreira conquistaria o terceiro título nos “azuis e brancos” depois de vencer na época 2006-07, 2007-08 e 2008-09.
Humilhação ao rival (2010)
A noite de 7 de Novembro de 2010 é relembrada com nostalgia. Frente ao campeão, os “dragões” — treinados pelo jovem André Villas Boas — dominaram o rival Benfica, vencendo por uns expressivos 5-0. Um bis de Hulk, outro de Falcão e um tento de Varela definiram o marcador e tiraram as dúvidas sobre o campeonato avassalador que os “dragões” acabariam por confirmar.
Cinco torpedos que destruíram o “submarino amarelo” (2011)
Outra noite no Dragão que ficou na memória dos adeptos do FC Porto: a primeira mão da meia-final da Liga Europa, competição que acabariam por conquistar. Em desvantagem ao intervalo, os comandados por Villas Boas cilindraram o “submarino amarelo”, marcando cinco tentos e dando uma confortável vantagem aos portistas. Falcão, com um póquer, foi o homem do jogo.
O minuto 92 (2013)
Felicidade para uns, tristeza profunda para outros: o remate cruzado de Kelvin, aos 92 minutos, catapultou os “dragões” para a liderança do campeonato. O "tri" seria confirmado na semana seguinte, frente ao Paços de Ferreira.
Invencibilidade estilhaçada (2014)
Durante 81 jogos, o Estádio do Dragão foi um reduto de onde os portistas não saíram vergados para a Liga. A 23 de Fevereiro, essa invencibilidade chegou ao fim com o desaire caseiro frente ao Estoril por 1-0.
A despedida do “mágico” (2014)
O “mágico” brasileiro que conquistou dois títulos internacionais ao serviço dos “dragões” voltou, uma última vez, a vestir as cores do clube de coração. Frente ao Barcelona — que contou com Messi —, Deco marcou pelas duas equipas, fechando a carreira com chave de ouro.
Euforia europeia (2015)
Poucos esperavam o domínio do Porto frente a um Bayern comandado por Pep Guardiola. Em dez minutos, Ricardo Quaresma marcou por duas vezes, colocando os adeptos em êxtase. O golo germânico ainda assustou mas Jackson Martínez fez o 3-1 que o FC Porto levou para a segunda mão em Munique.
Calamidade na “Champions” (2018)
Nos “oitavos” da última edição da Liga dos Campeões, ninguém esperava facilidades de um Liverpool comandado por Jürgen Klopp e com estrelas do calibre de Mohamed Salah. Seguramente, também ninguém contava com o resultado desnivelado que surpreendeu negativamente os adeptos que se deslocaram ao estádio. Cinco golos sem resposta e a eliminação que se viria a confirmar na Inglaterra.
Oásis no deserto (2018)
Após uma seca de títulos que se prolongou durante quatro anos, foi Sérgio Conceição, antigo jogador da casa, o homem que voltou a encher de alegria os corações “azuis e brancos”. No último jogo da temporada, frente ao Feirense, o título já estava confirmado, restando apenas festejar o regresso do “caneco” ao Dragão.