Custo do trabalho aumenta 1,5% no terceiro trimestre
INE alerta que os custos salariais subiram face ao ano passado, enquanto os outros custos caíram ligeiramente.
O índice de custo do trabalho (ICT) aumentou 1,5% no terceiro trimestre em termos homólogos, com os custos salariais a subirem 1,9% e os outros custos a diminuírem 0,1%, divulgou nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A variação homóloga do índice resultou também do efeito conjugado do acréscimo de 1,3% do custo médio por empregado e do decréscimo de 0,2% do número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador.
No trimestre anterior, o índice tinha registado uma subida homóloga de 1,1%.
De acordo com o INE, o acréscimo dos custos salariais e do custo médio por trabalhador “ocorreu em todas as actividades”, enquanto o decréscimo dos outros custos ocorreu apenas na Administração Pública. A redução do número de horas efectivamente trabalhadas também ocorreu no sector público, assim como na construção.
O INE indica que no sector privado verificou-se, no terceiro trimestre, um acréscimo homólogo de 1,7% do ICT, enquanto “nas restantes actividades económicas, que incluem maioritariamente (mas não exclusivamente) actividades na esfera do sector público, o ICT apresentou um acréscimo homólogo de 1,2%”.
Entre as actividades que abrangem o sector privado, os custos salariais aumentaram 1,6% e os outros custos subiram 1,9%, enquanto o custo médio por trabalhador aumentou 2,0% e o número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador subiu 0,3%.
Neste subgrupo, o ICT aumentou 1,7% na indústria, 4% na construção e 1,1% nos serviços.
Já nas actividades na esfera do sector público, os custos salariais aumentaram 2,3% e os outros custos diminuíram 2%, enquanto o custo médio por trabalhador subiu 0,3% e o número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1%.
De acordo com o INE, a informação mais recente disponível relativa à variação homóloga do ICT na União Europeia refere-se ao segundo trimestre de 2018, apontando para uma evolução de 2,6%.