Israel e Hamas envolvidos em intensos bombardeamentos em Gaza

A escalada bélica na Faixa começou de domingo para segunda-feira, depois de uma operação israelita dentro do território ter morto sete pessoas.

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A sede da televisão do Hamas foi atingida MOHAMMED SABER/EPA
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Casa atingida em Israel,Casa atingida em Israel EPA,EPA
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AHMED ZAKOT/Reuters

O braço armado do Hamas anunciou que vai continuar a disparar rockets contra as cidades israelitas de Ashdod e Beersheba se Israel continuar a bombardear a Faixa de Gaza.

A escalada bélica na Faixa começou de domingo para segunda-feira, depois de uma operação israelita dentro do território ter morto sete pessoas, incluindo um líder do braço armado do movimento palestiniano e provocado retaliação. Israel bombardeou depois intensamente Gaza, em resposta a uma chuva de rockets que partiu da Faixa de Gaza.

O aviso do Hamas de que a sua ofensiva vai continuar foi divulgado na manhã desta terça-feira, horas depois de um disparo israelita que matou um habitante de Ashkelon e de a televisão do Hamas, Al-Aqsa, ter sido atingida; não há emissões.

Um porta-voz do braço militar do Hamas, Abu Obeida, diz num comunicado que Ashkelon “entrou no raio de acção do fogo israelita" e que vai haver resposta aos "bombardeamentos que atingem os edifícios de Gaza”.

O comunicado avisa que cidade israelita de Beersheba vai ser o “próximo alvo do Hamas” se “o inimigo” continuar a atingir edifícios civis.

O Exército de Israel indicou que, até ao momento, foram lançados mais de 400 projécteis a partir de Gaza e que se registaram 150 ataques de “represália” contra posições palestinianas.

“Estamos perante uma ‘chuva de rockets’ lançada contra civis israelitas. O Exército está a atacar as infraestruturas terroristas do Hamas”, disse o tenente-coronel israelita Jonathan Conricus durante uma conferência de imprensa.

Acrescentou que se trata do “ataque mais grave das organizações terroristas de Gaza contra civis israelitas”.

Aviões de combate e blindados israelitas atacaram durante a noite “várias infraestruturas”, como armazéns, fábricas de armas e um túnel, além da sede da televisão Al Aqsa e instalações dos serviços de informações e da segurança interna de Gaza, tendo morrido quatro pessoas e ficado feridas dez.