Mota-Engil fornece electricidade à Cidade do México
Contrato por 20 anos garante a produção da quase totalidade da electricidade a partir de fontes de energia limpa. E representa uma facturação de 31 milhões de euros.
A Mota-Engil iniciou a 1 de Novembro o fornecimento de electricidade para a iluminação pública de toda a Cidade do México, o que lhe garantirá uma facturação de cerca de 31 milhões de euros em 2019.
De acordo com o anúncio feito esta quarta-feira, o fornecimento de electricidade far-se-á durante um período de 12 horas por dia, através da Generadora Fénix, a sua subsidiária na área de energia no México. A Generadora Fénix foi estabelecida em Outubro de 2015 numa parceria entre o Grupo Mota-Engil e o Sindicato Mexicano de Electricistas e foi a primeira empresa privada de geração de electricidade a participar no novo mercado liberalizado do México.
O contrato de fornecimento abrange cerca de 18 milhões de habitantes e tem a duração de 20 anos, destaca a empresa em comunicado, referindo ainda que “a quase totalidade da geração de electricidade será proveniente de fontes de energia limpa, o que contrasta com o mix de fontes de geração de energia no México que tem um peso significativo de fontes não renováveis, o que representa assim um marco importante para a Cidade do México”.
Segundo a mesma fonte, estima-se que as 12 horas de fornecimento de electricidade correspondam a um consumo anual de 550 gigawatts (GWh), o que originará uma facturação de aproximadamente 31 milhões de euros no próximo ano.
“A actividade de geração e venda de electricidade assume assim uma relevância acrescida no volume de negócios do grupo”, destaca a empresa.
Em entrevista ao PÚBLICO, em 2016, António Mota, presidente da Mota-Engil, já admitia que o México iria substituir Angola e passar a ser o país onde o grupo gera maior volume de negócios.
O negócio principal da Mota-Engil ainda é a construção, embora ganhe peso a diversificação em vários sectores, ambiente (água e lixos), concessões de transportes, mineração, entre outros.
“No negócio core [central] do Grupo, têm vindo a ser agregadas obras de pequena e média dimensão à carteira de encomendas de construção. Após o final do primeiro semestre foram adjudicadas obras num total de cerca de 600 milhões de euros, com forte contribuição da América Latina e de África, mas também com novas obras na Europa. Aguarda-se ainda a formalização de mais cerca de 700 milhões de euros de novas obras nas três regiões”, adianta a empresa.