Professores manifestam-se em frente à Assembleia da República

Sindicatos dizem que o OE2019 "passa ao lado da educação e esquece os professores".

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Os professores exigem a contagem integral do tempo de serviço congelado
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Durante a tarde desta sexta-feira, enquanto o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, é ouvido no Parlamento, durante a apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), os professores farão uma concentração em frente à Assembleia da República (AR) e um plenário de protesto. A manifestação está marcada para as 15h. 

Tiago Brandão Rodrigues terá uma audição conjunta da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa e da Comissão de Educação e Ciência e Comissão da Cultura Comunicação.

No exterior do Parlamento, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) organiza um protesto por considerar que a proposta do OE 2019 "passa ao lado da educação e esquece os professores", cita a agência Lusa. A federação diz que, do conjunto de 13 propostas que apresentou para serem consideradas em sede de OE 2019, só uma — gratuitidade dos manuais escolares para toda a escolaridade obrigatória — foi contemplada.

Para a Fenprof, "a não ser profundamente alterada, esta proposta não serve a Educação, pois continua sem dar resposta aos problemas existentes e a desrespeitar os profissionais do sector".

Num pré-aviso de greve entregue ao Ministério da Educação a propósito do protesto marcado para esta tarde — assinado por dez organizações sindicais que representam professores e educadores — os representantes dos professores sublinham que “é um orçamento que dá continuidade a uma política de falta de investimento na Educação”. Além disso, “no caso dos professores, não prevê a concretização do compromisso do Governo assumido há um ano com as organizações sindicais, no sentido de se iniciar, em 2019, a recuperação integral do tempo de serviço que esteve congelado [nove anos, quatro meses e dois dias]”.

No início da semana, os professores recomeçaram uma greve ao trabalho extraordinário por causa da luta pela contagem integral do tempo de serviço congelado. O protesto deve manter-se até ao final do ano.

Mas o Ministério da Educação entende que não existem horários ilegais para os professores, como alegam os sindicatos, e que por isso esta greve pode ter como consequência a perda de remuneração.