Greve dos técnicos de diagnóstico com adesão de 85%, diz sindicato
No Centro Hospitalar Lisboa Central, serviços de imagiologia e análises clínicas não estão a funcionar, diz sindicato. Estão garantidos serviços mínimos nas cirurgias e tratamentos oncológicos de quimio e radioterapia, assim como nos serviços de urgência.
Esta segunda-feira pode ser um dia difícil para fazer análises, exames de diagnóstico ou tratamentos não urgentes em alguns hospitais públicos devido à greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica. Durante a manhã, a adesão rondará os 85% a nível nacional, diz o sindicato. Podem ainda ser afectadas as cirurgias programadas, sendo certo que estão garantidos serviços mínimos nas cirurgias e tratamentos oncológicos de quimio e radioterapia, assim como nos serviços de urgência.
No Centro Hospitalar do Algarve, 90 a 95% dos técnicos de diagnóstico e terapêutica terão aderido à greve, havendo serviços que não chegaram a abrir, como o de imagiologia (onde se fazem ecografias, mamografias, TAC e ressonâncias magnéticas), diz o presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS).
Luís Dupont adianta ainda que no Centro Hospitalar Lisboa Central – que integra os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Dona Estefânia, Curry Cabral e a Maternidade Alfredo da Costa –, a adesão nos serviços de imagiologia e análises clínicas é total.
“Há também grandes adesões na cardiopneumologia. No Hospital de São José, os utentes que vêm fazer ECG (electrocardiograma) para ir à consulta de rotina, não estão a conseguir fazer o exame”, afirma o dirigente sindical.
Esta greve, a quarta este ano, teve início à meia-noite desta segunda-feira e termina ao final do dia, depois de uma manifestação em Lisboa (desde o Marques de Pombal à Assembleia da República) durante a tarde, onde o STSS espera perto de mil profissionais. Os técnicos de diagnóstico e terapêutica – onde se incluem cerca de 10 mil profissionais de 19 profissões – exigem a revisão da carreira e uma tabela salarial que respeite as suas habilitações profissionais.
A paralisação é também uma forma de reivindicar que o Governo aceite as regras de transição para a nova carreira, "o correcto descongelamento das progressões" e o pagamento integral do trabalho extraordinário.
Além do STSS, a greve é convocada pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com fins públicos.