Lewis Hamilton conquista pentacampeonato no México

Britânico iguala marca de Fangio, ofuscando a segunda vitória da temporada do holandês Max Verstappen.

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Lewis Hamilton (Mercedes) revalidou este domingo o título de campeão mundial de Fórmula 1, igualando, dez anos depois do primeiro triunfo - conseguido em 2008, no Brasil, ao comando de um McLaren -, a mítica marca de Juan Manuel Fangio, vencedor de cinco campeonatos.

Max Verstappen (Red Bull) foi o primeiro a cortar a meta no Grande Prémio (GP) do México, com o holandês a assegurar a segunda vitória da temporada (quinta da carreira), depois de vencer na Áustria, proeza ofuscada pela consagração de Hamilton.

Bastou ao piloto britânico terminar em quarto lugar no circuito Hermanos Rodriguez para atingir o pentacampeonato com 33 anos, a mesma idade com que o heptacampeão Michael Schumacher somou as cinco primeiras conquistas, em 2002, deixando o também alemão Sebastian Vettel (Ferrari) sem possibilidades matemáticas de prolongar a luta quando ficam a faltar os dois últimos Grande Prémios de 2018, no Brasil e nos Emirados Árabes Unidos.

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“É uma sensação estranha” referiu Hamilton, feliz por igualar a marca de Fangio.
“Estou na Mercedes desde os 13 anos e conseguir este feito, que Fangio também alcançou com a Mercedes, é um pouco surreal. Uma sensação incrível!”, confessou

Apesar de não precisar de arriscar, Hamilton tinha revelado o seu lado competitivo quando garantiu que tentaria ganhar uma ou duas posições na largada. O inglês acabou mesmo por cumprir o prometido, deixando o australiano Daniel Ricciardo para trás, falhando apenas a ultrapassagem ao holandês Max Verstappen, que assumiu a liderança da corrida. Uma demonstração da superioridade dos Red Bull no México.

Sebastian Vettel manteve o quarto lugar da qualificação - voltando a arriscar um início acidentado quando roçou no Mercedes de Valtteri Bottas -, preparando-se para uma corrida na expectativa do que a guerra dos pneus pudesse, eventualmente, ditar. 

Com Verstappen instalado no comando, Hamilton limitou-se a gerir tranquilamente a vantagem para o rival da Ferrari, apesar de sensivelmente a meio da prova ter assistido à troca de Ricciardo com Vettel, que assumiu a perseguição directa ao Mercedes do campeão inglês, ultrapassando-o mesmo a 32 voltas do final.

Mas Vettel, que terminou em segundo, precisava de muito mais. O alemão tinha que vencer no México e esperar que Hamilton terminasse fora dos sete primeiros lugares, o que se afigurava cada vez mais improvável, até porque Max Verstappen não dava sinais de abdicar da vitória.

Apesar das reduzidas probabilidades de Vettel, a discussão pelo título reanimou quando Hamilton perdeu a calma e a concentração ao ritmo que esbanjava segundos para o perseguidor directo, acabando mesmo por não conseguir evitar uma saída de pista quando Ricciardo anunciou a ultrapassagem. Mas mesmo depois de cair para quarto, Hamilton podia contar com o apoio do companheiro Bottas e com o facto de o sétimo classificado (Nico Hulkenberg, em Renault) estar já a uma volta do líder.

Com Verstappen imperturbável, a corrida seguia ao ritmo das trocas de pneus, com Vettel e Hamilton a mudarem para ultramacios, mas com os dois Red Bull na frente, seguidos pelos dois Ferrari e pelos Mercedes. E para piorar as contas de Vettel, o australiano Daniel Ricciardo foi forçado a abandonar com problemas mecânicos a cerca de dez voltas do final, levando Hamilton a subir uma posição... Que manteve até a bandeira de xadrez oficializar a conquista do quinto título.

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