Pelo menos dez mortos em ataque em Cabul no dia das eleições no Afeganistão

O ministro do Interior do Afeganistão anunciou que reforçou o número de tropas das Forças Nacionais de Segurança para 70 mil, quando estavam previstos 50 mil.

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Filas para votar em Cabul HEDAYATULLAH AMID/EPA
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Filas para votar em Cabul HEDAYATULLAH AMID/EPA

Pelo menos dez pessoas morreram quando um bombista suicida accionou o explosivo em Cabul, a capital do Afeganistão onde este sábado se elege um novo parlamento.  

Pelo menos masi trê spessoas tinham morrido antes, também em explosões em Cabul.

As eleições legislativas no Afeganistão decorrem num ambiente de caos, com ataques e importantes problemas logísticos nas assembleias de voto.

Antes do atentado suicida, o Ministério do Interior informara ter registado "15 ataques inimigos" no país, a maior parte explosões com engenhos artesanais e tiros de roquetes.

Segundo Mohibullah Zeer, porta-voz adjunto do Ministério da Saúde, pelo menos três pessoas morreram e 30 ficaram feridas na capital do país "na sequência de uma quinzena de incidentes" na proximidade das assembleias de voto.

Numa dessas assembleias, uma escola, um jornalista da AFP pôde constatar uma multidão de pessoas a fugir a correr, após uma explosão.

Numa outra assembleia de voto, uma bomba explodiu no interior de uma mesquita que serviu de centro eleitoral. "Um polícia foi ferido. Tudo foi suspenso", indicou à AFP Haroon Majidi, que testemunhou a cena.

O ministro do Interior do Afeganistão anunciou que reforçou o número de tropas das Forças Nacionais de Segurança para 70 mil, quando estavam previstos 50 mil militares em todo o país para garantir a segurança de 21 mil assembleias de voto, diz a AP.

O Presidente afegão, Ashraf Ghani, apelou aos seus cidadãos para "saírem e votarem".

Em resposta, os eleitores formaram longas filas de espera na capital e arredores para votarem, o que acabou por gerar problemas nos locais de votação.

Mas alguns centros de voto não puderam abrir por falta de membros nas mesas, falhas nas leis eleitorais ou mau funcionamento dos terminais de registo biométrico nos locais e utilizado pela primeira vez no país.

Candidatos e eleitores estão juntos no desespero relata a Agência France-Presse (AFP).

A Comissão Eleitoral Independente (CEI) já apresentou desculpas e prometeu que os horários dos centros de voto serão prolongados.

Eleições em duas províncias, Kandahar e Ghazni, foram adiadas devido a atentados nos últimos dias, assim como em 11 dos quase 400 distritos do país.