Furacão Michael a caminho da Carolina do Sul e da Carolina do Norte

Donald Trump declarou estado de emergência no estado da Florida, por onde a tempestade passou na última quarta-feira.

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As imagens da destruição na Florida Reuters/JONATHAN BACHMAN
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Pelo menos duas pessoas morreram durante a passagem do furacão Michael no estado da Florida e da Georgia. A tempestade está agora a caminho da Carolina do Sul e da Carolina do Norte — atingindo uma zona que recupera do furacã  Florence —, onde chegará ainda esta quinta-feira. Este é o terceiro pior furacão da história dos Estados Unidos.

Donald Trump já declarou o estado de emergência no estado da Florida, libertando ajudas federais e respostas locais para fazer face ao desastre.

As duas vítimas mortais a registar até agora são um homem na Florida e uma rapariga na Georgia. Ambos morreram depois de terem sido atingidos por destroços. As equipas de busca e salvamento, com mais de mil operacionais, ainda estão no local e espera-se que o número de mortos e de feridos venha a aumentar.

Quando chegou a terra, na última quarta-feira, Michael era um furacão de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson, que tem cinco categorias. Tem vindo a enfraquecer e é agora uma tempestade tropical — com ventos de 85 quilómetros por hora.

Na Florida, Michael trouxe consigo chuva e rajadas de vento na ordem dos 250 quilómetros por hora. Além das árvores caídas, algumas arrancando terra com as raízes pela força dos ventos, habitantes descrevem o som da ventania, “como um motor de avião”, e o estalido nos ouvidos quando a pressão atmosférica desceu. “Foi aterrorizador”, disse Vance Beu, de 29 anos, que mora em Panama City Beach (Florida), ao diário britânico The Guardian

Foi feito um plano de evacuação e dada ordem de saída para 370 mil habitantes da zona, mas muitos terão ignorado o apelo, dizem as autoridades. Até agora, pelo menos seis mil pessoas terão sido retiradas para abrigos de emergência, a sua maioria  na Florida. O número poderá aumentar para as 20 mil pessoas até ao fim-de-semana, distribuídas pelos cinco estados atingidos pela tempestade, disse Brad Kieserman da Cruz Vermelha norte-americana, à Reuters.

“Acho que tudo o que aconteceu entre Panama City e a praia do México foi bem pior do que o que alguma vez prevemos”, disse o governador da Florida, Rick Scott, ao Weather Channel.

“Vai ser uma recuperação longa, mas a Florida é resiliente, ajudamo-nos uns aos outros, sobrevivemos”, declarou o governador.

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