Associação MUBi defende inclusão da bicicleta nas políticas de mobilidade

A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta quer que apoios do Fundo Ambiental não se cinjam a automóveis, motociclos e ciclomotores eléctricos.

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O Fundo Ambiental só apoia veículos sujeitos eléctricos a matrícula, segundo a lei actual Margarida Basto

A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) defendeu esta quinta-feira a inclusão da bicicleta nas políticas de mobilidade no âmbito do Orçamento do Estado (OE) para 2019, através do Fundo Ambiental. Em comunicado, a MUBi avançou que desde Setembro tem tido reuniões com os grupos parlamentares na Assembleia da República, aos quais tem pedido a inclusão da bicicleta nas políticas e medidas de incentivo à mobilidade eléctrica.

A associação defende que o OE para 2019 estenda o incentivo à aquisição de veículos de baixas emissões às bicicletas com assistência eléctrica. No ano passado, esse incentivo, já previsto para carros eléctricos, foi alargado a motos e ciclomotores eléctricos.

A MUBi refere ainda que as Grandes Opções do Plano (GOP) para 2019 e a legislação subsequente passem, no âmbito dos edifícios, a incentivar a mobilidade em bicicleta, considerando a obrigatoriedade de espaço próprio para parqueamento para as mesmas. A associação lembra ainda que as GOP 2018 já incluíram a obrigatoriedade de as novas habitações terem um ponto de carregamento para veículo eléctrico.

De acordo com a MUBi, as políticas de incentivo à mobilidade eléctrica "têm de ter em conta todos os modos de transporte, e não ser focadas na redução de emissões de apenas um modo, ou não ter em consideração outros problemas da sociedade como o sedentarismo da população, congestionamentos ou o uso do espaço público".

Os benefícios socioeconómicos anuais da utilização da bicicleta na União Europeia (UE) estão avaliados em mais de 500 mil milhões de euros (cerca de 3% do PIB da UE, ou 2,5 vezes o PIB de Portugal), segundo a MUBi.