Detido ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar
Vasco Brazão foi detido ao final da tarde desta segunda-feira, depois de aterrar em Lisboa vindo da República Centro Africana, onde se encontrava em missão. É o nono arguido da investigação à devolução do material roubado em Tancos.
O ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, o major Vasco Brazão, foi detido esta segunda-feira no âmbito da investigação ao reaparecimento do material roubado em Tancos. A informação, avançada pela SIC Notícias, foi confirmada ao PÚBLICO por fonte da Polícia Judiciária civil e pelo advogado do militar, Ricardo Sá Fernandes.
Vasco Brazão, que coordenava a investigação ao assalto aos paióis de Tancos dentro da PJ Militar, foi detido ao final da tarde desta segunda-feira, depois de aterrar em Lisboa vindo da República Centro Africana, onde se encontrava em missão. A detenção já "estava prevista", refere o advogado. Este domingo, vários meios de comunicação social noticiaram que chegaria apenas na terça-feira, mas a sua vinda terá sido antecipada.
O militar deverá ser interrogado por um juiz de instrução criminal esta terça-feira, adiantou ao PÚBLICO fonte da Polícia Judiciária civil. Vasco Brazão é o nono arguido da Operação Húbris, que investiga o alegado esquema montado entre a PJ Militar, militares da GNR de Loulé e o presumível assaltante dos paióis para recuperar as armas furtadas em Junho do ano passado. O caso está a ser investigado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária.
No domingo, Vasco Brazão deixou uma confissão na sua conta pessoal do Facebook, mostrando-se arrependido: “Não sou criminoso nem tão pouco os meus camaradas de armas o são. Somos militares. Cumprimos ordens. Estamos prontos para morrer na defesa e na salvaguarda dos interesses nacionais. Somos formados assim. A salvaguarda dos interesses nacionais é sempre superior aos interesses individuais. Tenho um misto de sentimentos. Estou arrependido mas de consciência tranquila", escreveu.