As Nações Unidas calculam que 191 mil pessoas na Indonésia necessitam de ajuda humanitária urgente após o sismo e o tsunami de sexta-feira na ilha de Celebes.

A estimativa foi avançada pelo Gabinete para a Coordenação das Questões Humanitárias (OCHA), no dia em que as autoridades elevaram para 844 o número de mortos em resultados da catástrofe natural que atingiu sobretudo a costa oeste de Celebes. O mais recente balanço oficial também dá conta de 59 mil deslocados.

De acordo com a avaliação da ONU, entre os que precisam de ajuda urgente estão cerca de 46 mil crianças e 14 mil idosos, grupos da população classificados como mais vulneráveis, que vivem longe dos centros urbanos. O Governo indonésio tem concentrado os esforços de busca e de assistência nos centros urbanos.

Segundo o relato das agências internacionais, voluntários começaram neste segunda-feira a enterrar muitas das vítimas numa grande vala comum.

A União Europeia anunciou no domingo que vai avançar com 1,5 milhões de euros para ajuda humanitária de emergência às vítimas do sismo e do tsunami. A ajuda do bloco comunitário vai servir para “fornecer bens essenciais como alimentos, abrigos, água, produtos médicos e de saúde”, referiu o comissário europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, o cipriota Christos Stylianides, citado num comunicado divulgado no domingo.

A par desta ajuda, a Comissão Europeia enviou um especialista para coordenar as equipas de resgate da UE destacadas no terreno e activou o serviço de emergência do satélite comunitário Copérnico para criar mapas das zonas afectadas.

A cidade costeira de Palu, com cerca de 350 mil habitantes na costa oeste de Celebes, foi particularmente atingida. A maioria das vítimas é de Palu, que fica a 78 quilómetros do epicentro do sismo de magnitude 7,5 na escala de Richter.

O forte tremor de terra foi seguido por réplicas e por um tsunami que, segundo as agências internacionais, chegou a atingir os seis metros de altura.