Um jovem de 17 anos está internado em estado considerado grave no Hospital Garcia de Orta, em Almada, na sequência de um incêndio que deflagrou num apartamento, no Pragal. O jovem estava sozinho em casa no momento em que o fogo começou e acabou por ser retirado de casa por um vizinho que também ficou ferido e pelos bombeiros. 

O jovem, que entrou "em paragem cardiorrespiratória", de acordo com fonte dos Bombeiros de Almada, é um dos oito feridos que resultaram do incêndio, que fez ainda três desalojados. 

O incêndio ocorreu na Rua de São Domingos, numa fracção do 3.º andar de um prédio de sete pisos e obrigou à evacuação do edifício, onde se encontravam 30 pessoas, de acordo com a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.

"As pessoas já regressaram às habitações, à excepção da família que habita na fracção do 3.º andar onde ocorreu o incêndio. Uma mulher e dois filhos, um dos quais é o ferido grave, ficaram desalojados temporariamente sendo realojados em habitação de familiares, visto que a casa ficou sem condições de habitabilidade", adiantou a mesma fonte.

De acordo com o segundo comandante dos Bombeiros de Almada, Jorge Delgado, o fogo começou poucos minutos depois das 9h (o alerta aos bombeiros é registado às 9h16) num prédio numa zona habitacional do Pragal (concelho de Almada), conhecida por Bairro Cor-de-Rosa, e fez um total de dez feridos. Foram assistidos no local pelo INEM, e oito deles acabaram por ser transportados para o hospital, sobretudo com sinais de intoxicação.

O jovem de 17 anos já se encontra estabilizado.

De acordo com declarações de alguns habitantes às televisões, o prédio foi invadido por um cheiro intenso a queimado e uma cortina de fumo começou a invadir as escadas. Os residentes foram saindo e aperceberam-se que o fumo saía de um dos apartamentos do terceiro andar. Arrombada a porta, encontraram o jovem escondido debaixo da sua cama e retiraram-no para a rua, quando estavam a chegar os bombeiros.

Polícia Judiciária examina o apartamento queimado

Agora que o fogo está extinto, o apartamento onde as chamas deflagraram vai ser inspeccionado pela Polícia Judiciária para apurar as causas do incêndio. De acordo com Jorge Delgado, o incêndio começou na sala quando o jovem estava no quarto a dormir e não havia mais ninguém em casa.

Francisca Pereira, da Protecção Civil municipal afirmou que o apartamento foi analisado e não pode ser habitado. Nele residem o jovem que está internado, um irmão e a mãe. Os restantes moradores puderam regressar a casa ainda antes da hora do almoço mas o fornecimento de gás ainda não foi restabelecido.

Da rua percebe-se que o apartamento afectado ficou sem janelas e que tem as paredes negras do fumo e das chamas. A solução para a família será, no imediato, a casa de familiares até que o IHRU - Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana forneça uma habitação provisória, acrescentou a responsável municipal.

O alerta, de acordo com o CDOS, foi dado às 9h16, e o incêndio entrou em fase de rescaldo pelas 10h10, tendo sido dado como extinto às 11h30. Foram mobilizados para as operações de socorro 33 operacionais dos bombeiros de Almada e de Cacilhas, apoiados por 13 veículos, entre bombeiros e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), para além da PSP.