Zero quer metas de descarbonização em empresas e autarquias

Para a associação ambientalista Zero é "crucial que empresas, autarquias e outros sectores da sociedade estabeleçam metas ambiciosas" para a reduzir de emissão de gases com efeito de estufa.

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Paulo Pimenta

A associação ambientalista Zero vai desafiar empresas, autarquias e outros sectores da sociedade a fixar metas de descarbonização, na sequência da Cimeira Global de Acção Climática, que terminou na sexta-feira em São Francisco.

Em comunicado, enviado neste sábado, a Zero — Associação Sistema Terrestre Sustentável salientou que existe um conjunto limitado de autarquias e empresas em Portugal que assumiram compromissos de redução de emissão de gases com efeito de estufa para 2020 ou mais tarde.

Porém, reforçou, "são metas que não têm tido a devida visibilidade pública, não estão sistematizadas e, muitas vezes, também são pouco ambiciosas".

A Zero entende ser "crucial que empresas, autarquias e outros sectores da sociedade estabeleçam metas ambiciosas de descarbonização de curto prazo e para as próximas décadas, efectuem planos de implementação e as anunciem publicamente".

Com a descarbonização pretende-se inverter a subida das emissões daqueles gases.

A cimeira agora realizada em São Francisco pretendeu reforçar a nação e os compromissos estabelecidos na Cimeira de Paris de combate às alterações climáticas, realizada no final de 2015, sob o patrocínio da Organização das Nações Unidas.

Na altura, os países participantes comprometeram-se em conter o aumento da temperatura média global, bem abaixo dos dois graus Celsius (2ºC), desenvolvendo esforços para o limitar em 1,5ºC, recordou a Zero no seu texto.

Os participantes nesta cimeira de São Francisco querem que os líderes dos vários países aumentem a ambição e acelerem a acção contra as alterações climáticas até 2020.