Haddad sobe para segundo lugar, empatado com Ciro, mas Bolsonaro continua líder
Sondagem Datafolha regista evolução da candidatura do petista, depois do afastamento de Lula da corrida presidencial.
Fernando Haddad, que esta semana foi confirmado como candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência, depois de Lula da Silva ter ficado sem alternativas na justiça para continuar a liderar a candidatura, foi quem mais subiu nas intenções de voto, de uma semana para outra, na sondagem Datafolha. Passou directamente para o segundo lugar, ao lado de Ciro Gomes.
Haddad e Ciro Gomes, apoiado pelo Partido Democrático Trabalhista, ex-governador do Ceará e ex-ministro das Finanças de Itamar Franco, entre muitos outros cargos, têm ambos 13%. Na semana anterior, Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ministro da Educação de Lula, tinha 9%.
À frente nas preferências dos eleitores continua Jair Bolsonaro, candidato de extrema-direita, com 26% das intenções de voto. Subiu dois pontos. Mas esta mudança está dentro da margem de erro da sondagem, que é de 2%.
Marina Silva, a candidata da Rede, desce de 11% para 8%. Em Agosto, chegou a ter 16%.
Geraldo Alckmin, do PSDB, o candidato com mais amplo apoio eleitoral – dos partidos do chamado “centrão”, o que lhe garante o maior quinhão de tempo de campanha gratuito nos meios de comunicação social – mantém-se praticamente sem alterações: passou de 10% para 9%.
Os votos brancos e nulos oscilaram de 15% para 13% e Bolsonaro continua a ser o candidato com maior nível de rejeição: 44%.
Nos cenários para a segunda volta do instituto Datafolha, Bolsonaro perdia com todos os outros candidatos, menos com Haddad, do PT, com que ficava em empate técnico, com ligeiríssima vantagem para o petista (38% contra 39%). O empate permanece, mas a vantagem inverteu-se: 41% para Bolsonaro e 40% para Haddad.