Putin diz que suspeitos de envenenamento dos Skripal são “civis, não criminosos”

O Kremlin tem sido acusado de envolvimento na exposição dos Skripal ao agente nervoso Novichok, mas o líder russo nega-o.

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O Presidente russo, Vladimir Putin Reuters

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que os dois suspeitos de serem os autores do ataque químico ao antigo espião russo Serguei Skripal e à sua filha Iulia, em Março, são civis e que não estão envolvidos no crime.

“Sabemos quem são, encontrámo-los”, afirmou Putin, citado pela BBC. “Espero que eles se entreguem e que contem tudo. Seria o melhor para todos. Não há aqui nada de especial, nada de criminoso, posso assegurar-vos. Veremos num futuro próximo”, afirmou o líder do Kremlin.

As autoridades britânicas tinham identificado os dois russos (Alexander Petrov e Ruslan Boshirov) e a Scotland Yard dizia existirem “provas suficientes” para condenar os dois suspeitos. O secretário de Estado da Segurança do Governo britânico, Ben Wallace, afirmou na semana passada que o Presidente russo deve ser responsabilizado pelos ataques com o agente nervoso Novichok.

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Imagem da polícia metropolitana de Londres

A polícia britânica acredita que a dose usada para envenenar os Skripal resultou também na morte de uma mulher britânica de 44 anos, em Julho.

O veneno Novichok foi desenvolvido na antiga União Soviética e é uma das armas químicas mais letais que se conhecem. É, na verdade, uma série de químicos altamente tóxicos que se apresenta sob a forma de pó ou de uma pasta espessa. A substância perturba a comunicação entre o cérebro e os músculos, fazendo com que as vítimas sofram espasmos musculares contínuos, convulsões e dificuldades em respirar, acabando por morrer por asfixia.

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