Bruxelas apoia 1460 trabalhadores e jovens desempregados portugueses com 4,7 milhões

Apoio do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização tinha sido pedido por Portugal na sequência do despedimento de 1161 trabalhadores do sector do têxtil, que viu a antiga Triumph e a Ricon fecharem este ano. Custo total pode ascender a 7,7 milhões de euros

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Trabalhadores da antiga fábrica da Triumph em Loures foram alvo de despedimento colectivo no início deste ano ADRIANO MIRANDA

A Comissão Europeia propôs hoje canalizar para Portugal 4,7 milhões de euros do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização para ajudar antigos trabalhadores do sector do têxtil e de vestuário e centenas de jovens desempregados a encontrar emprego.

A proposta irá ser submetida ao Parlamento Europeu e ao Conselho Europeu (Estados-membros) para aprovação.

“Os trabalhadores portugueses foram fortemente afectados pela concorrência mundial. Os 4,7 milhões de euros do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização [FEG] ajudarão 730 trabalhadores que perderam os seus empregos, assim como um número equivalente de jovens sem emprego, educação ou formação, a adaptarem as suas competências, facilitando a sua transição para as novas oportunidades”, sustentou esta segunda-feira a comissária europeia do Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, Marianne Thyssen.

Portugal solicitou o apoio do FEG na sequência do despedimento de 1161 trabalhadores de duas empresas do sector do têxtil e de vestuário nas regiões Norte, Centro, e Lisboa. Entre final de 2017 e início de 2018 fecharam duas fábricas no país com peso significativo no sector: a unidade da Gramax (ex-Triumph) em Loures, remetendo para o despedimento colectivo mais de 500 trabalhadores e a Ricon, em Famalicão, que deixou outros 380 trabalhadores sem actividade.

“As medidas co-financiadas pelo fundo europeu poderão ajudar os 730 trabalhadores, que enfrentam as maiores dificuldades, assim como a 730 jovens sem emprego, educação ou formação com menos de 30 anos, a encontrar diferentes possibilidades com o objectivo de melhorar as suas competências, seja através da formação profissional, ou da ajuda àqueles que queiram criar as suas próprias empresas”, explica o executivo comunitário em comunicado.

Estas medidas serão complementadas por subsídios, quer para deslocação, quer para formação. O custo total estimado destas medidas está fixado nos 7,7 milhões de euros, sendo a comparticipação do FEG de 4,7 milhões.