Benfica não precisou de forçar para golear

"Encarnados" construíram com naturalidade uma vitória robusta na Madeira e retomaram a liderança da Liga.

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LUSA/HOMEM DE GOUVEIA
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LUSA/GREGÓRIO CUNHA
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Tal como tem acontecido nos últimos anos, o Benfica voltou a dar-se bem na deslocação à Choupana. Graças a uma primeira parte de domínio absoluto sobre o Nacional e a uma segunda mais especulativa, os “encarnados” conseguiram a primeira goleada da época na Liga (0-4) e voltaram ao topo da classificação, com os mesmos 10 pontos do Sporting e do Sp. Braga.

De praticamente descartado a titular com influência directa no triunfo da equipa. Assim está a ser a temporada 2018-19 para Seferovic, que voltou a merecer a confiança de Rui Vitória e respondeu, desta vez, com um golo e uma assistência. Móvel no ataque, a jogar de primeira para aproveitar a chegada de frente dos médios, o suíço esteve perto de marcar aos 23’ após passe de Grimaldo e acertou mesmo na baliza aos 28’, depois de uma assistência perfeita de Salvio. Mais de oito meses depois, o avançado voltava aos golos.

Se o Nacional já mostrara, até então, vontade de ligar o jogo mas uma incapacidade gritante de ultrapassar a primeira linha de pressão do Benfica, pior ficou com o 0-1. Sucederam-se os erros no primeiro passe e quando os centrais (ou Marakis, o médio mais recuado no 4x3x3) não batiam bola na frente, convidavam o adversário a marcar. Foi o que aconteceu aos 45’, quando Júlio César permitiu uma recuperação na zona central: Seferovic desmarcou-se e devolveu a cortesia a Salvio, que fez o 0-2 de cabeça, ao segundo poste.

Costinha tinha de mudar ao intervalo, porque a posse da bola, até então, era um exclusivo do Benfica. Saiu Marakis e entrou o sérvio Palocevic, Vítor Gonçalves recuou uns metros e a equipa passou a circular a bola com mais critério. Uma nova realidade também proporcionada pela forma como o adversário, mais desgastado, baixou linhas e tapou os caminho da baliza, à espera de activar a transição ofensiva.

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O maior controlo do Nacional era só aparente, até porque só numa ocasião pôs verdadeiramente à prova o guarda-redes Vlachodimos (e o alemão respondeu em grande, aos 78’). Já com Rafa no lugar de Cervi — a segunda substituição depois da lesão de Fejsa, aos 30’ —, o Benfica esperava apenas pelo momento certo para dar uma nova estocada nos madeirenses. E o cenário confirmou-se aos 78’. Pizzi teve demasiado espaço para pensar e tomou a melhor opção, deixando Grimaldo em frente a Daniel para o 0-3.

Com Gedson a dar (ainda mais) nas vistas na recta final, com mais pulmão e capacidade para pressionar e recuperar bolas no meio-campo ofensivo, o Benfica chegaria ainda ao quarto golo. Pizzi dobrou o número de assistências no jogo com um passe vertical (a distância entre central e lateral foi enorme) e Rafa, que não tem uma relação nada fácil com as balizas, fez um chapéu perfeito para encerrar as contas.

O Nacional — que teve no extremo Arabidze, ora à esquerda, ora à direita — a sua figura maior, pode sempre agarrar-se ao facto de ter tentado disputar o jogo nas suas bases, trocando a bola e procurando jogar em apoio, mas ficou com a certeza de que, frente a um rival com tanta qualidade, o mínimo erro torna-se fatal. O Benfica, que completou neste domingo um amontoado de jogos importantes sem deixar de cumprir os objectivos, pode encarar esta pausa para o calendário das selecções com confiança. 

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