Goleada e jackpot. Benfica garante lugar na Liga dos Campeões

Benfica goleou o PAOK por 1-4 e confirmou a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões. “Encarnados” ficam a conhecer os adversários nesta quinta-feira

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EPA/SOTIRIS BARBAROUSIS
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Apesar de um valente susto, as dúvidas ficaram esclarecidas logo na primeira parte: o Benfica vai disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões e o PAOK terá de contentar-se com a Liga Europa. O desfecho do play-off entre os dois emblemas tornou evidentes as diferenças entre as duas equipas, com os “encarnados” a golearem em Salónica (1-4) depois de terem concedido um empate na primeira mão, em Lisboa (1-1). Mais do que a nona presença consecutiva na principal competição europeia de clubes, na Luz celebra-se um encaixe milionário, superior a 40 milhões de euros, aos quais poderão juntar-se prémios pelos resultados obtidos.

O empate da primeira mão tinha sido penalizador para a equipa de Rui Vitória, castigada pelas oportunidades desperdiçadas, mas na Grécia o Benfica deu a melhor resposta. Mesmo com uma péssima entrada na partida, em que se viram rapidamente em desvantagem no marcador, os “encarnados” aproveitaram cada erro do adversário para construir um resultado volumoso e escancarar as portas da Liga dos Campeões. Nesta quinta-feira às 17h, no sorteio da fase de grupos, o emblema da Luz fará companhia ao FC Porto.

Para aquilo que era uma autêntica final, pelo impacto que inevitavelmente teria no resto da temporada do Benfica, o “onze” escolhido por Rui Vitória reservava duas novidades em relação ao apresentado no derby: Salvio regressou, ocupando o lugar que foi de Rafa, mas a principal surpresa foi a aposta no suíço Seferovic como principal referência atacante, em detrimento do argentino Ferreyra, que vinha a ser a primeira opção do técnico. Seferovic não era titular desde 29 de Dezembro de 2017, num jogo da Taça da Liga contra o V. Setúbal que os “encarnados” empataram 2-2.

O início da partida não podia ser pior para o Benfica, submetido desde o primeiro minuto a uma pressão asfixiante do PAOK. E, após um par de situações de perigo, os gregos passaram das ameaças aos actos: num livre estudado, a bola passou por Vieirinha, que a colocou milimetricamente em Maurício, e o brasileiro ofereceu o golo a Prijovic, que só teve de encostar.

Porém, a maior experiência europeia dos “encarnados” fez a diferença na forma como reagiram à desvantagem. Sem perder a cabeça, a equipa de Rui Vitória conseguiu contrariar o adversário e começar a aproximar-se com perigo da baliza de Paschalakis. Não foi preciso esperar muito até que Jardel deixasse tudo empatado, num cabeceamento a corresponder ao canto batido por Pizzi.

Com 1-1 em Salónica e 2-2 no agregado seria necessário prolongamento, eventualmente até penáltis, para desempatar a eliminatória. Mas esse espectro pairou durante pouco tempo no Estádio Toumba, graças a um erro clamoroso do guarda-redes grego. Paschalakis deixou escapar a bola atrasada por um companheiro, impediu que saísse pela linha de fundo evitando ceder pontapé de canto, mas com isso deixou-a à mercê de Cervi, que acabou por ser derrubado pelo guardião do PAOK. No penálti correspondente, Salvio não perdoou.

A equipa de Razvan Lucescu, que sonhava com uma inédita presença na fase de grupos da Champions, ainda teve lucidez para responder, num cabeceamento de Léo Matos travado por Vlachodimos com uma grande defesa. Mas quando Pizzi fez o 1-3, mesmo antes do intervalo, os gregos ficaram à deriva. A jogada decorreu pela esquerda, com combinação irrepreensível de Grimaldo e Cervi e o argentino a encontrar Pizzi à entrada da área – o português só teve de escolher o lado e atirar.

A eficácia que faltara em Lisboa sobejava em Salónica. O PAOK falhava passes e cometia erros, e o Benfica aproveitou para dar a estocada final e deixar a questão definitivamente arrumada logo no início da segunda parte. Varela, trapalhão, derrubou Jardel num pontapé de canto e Salvio, desta vez com um remate em jeito, não vacilou.

De cabeça perdida, o PAOK terminaria em inferioridade numérica devido à expulsão de Léo Matos. O resto da história foi gestão de esforço do Benfica. A primeira final da época estava superada com distinção.

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