Políticos e diplomatas prestam tributo a Kofi Annan

Reacção praticamente unânime à notícia da morte de Kofi Annan, este sábado aos 80 anos. Líderes mundiais, dirigentes políticos e diplomatas recordam o empenho pela paz do antigo secretário-geral das Nações Unidas.

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Reuters/Jeff Christensen

"Um amigo constante de Portugal e um aliado inquebrantável na luta pela autodeterminação do povo de Timor-Leste".
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

"Um líder mundial da causa da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos"
António Costa, primeiro-ministro

"Foi uma honra para mim trabalhar consigo, nomeadamente no Iraque sob ataque dos EUA e no processo de libertação/independência de Timor Leste. Portugal curva-se perante si"
Ana Gomes, eurodeputada e antiga embaixadora de Portugal em Jacarta

"São raras as pessoas que dificilmente imaginamos que possam um dia desaparecer, mas Kofi Annan era seguramente uma delas. A sua estatura intelectual e força moral, o seu dinamismo, a solidez da sua presença e convicções sempre se sobrepuseram ao sentido da vida efémera e à mortalidade própria dos humanos"
Jorge Sampaio, antigo Presidente da República

“Kofi Annan era uma força condutora para o bem”
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas

"Um grande líder e reformador da ONU [que] deu um enorme contributo para tornar o mundo que deixou num lugar melhor”
Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido

"[Elogia] a sua capacidade de tomar decisões bem pensadas mesmo nas situações mais complexas e críticas. A sua memória ficará sempre no coração dos russos"
Vladimir Putin, Presidente russo

"Personificava o que há de melhor na ONU e também teve de lidar com alguns dos seus mais duros desafios. Um grande ouvinte, e alguém que fazia com que todos quisessem ouvir”
Margot Wallström, ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia

"Kofi Annan era um grande diplomata, um verdadeiro estadista e um maravilhoso colega que era amplamente respeitado"
Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido

“Era uma dádiva para a raça humana”
Jesse Jackson, politico norte-americano e activista dos direitos dos afro-americanos

“Kofi Annan dedicou a sua vida a construir um mundo mais justo e pacífico. Os seus esforços no apoio à resolução de conflitos e aos direitos humanos serão lembrados. Ele procurava um caminho pacífico quando os outros procuravam a guerra"
Jeremy Corbyn, líder da oposição trabalhista no Reino Unido

"Para mim, enquanto cresci, Kofi Annan era as Nações Unidas. Ele fez com que nós, uma geração inteira, acreditássemos, confiássemos e contássemos no multiculturalismo. Ele acreditou que os jovens nunca eram 'demasiado novos' para liderar e criou plataformas para que pudéssemos ser ouvidos."
Jayathma Wickramanayake, enviada das Nações Unidas para a Juventude

"O mundo lamenta hoje a morte de um grande líder e humanitário, mas celebra uma vida cheia de coragem, empatia e de um notável serviço público. Dedicou sua vida a tornar o mundo num lugar mais pacífico e unido. Lutou para acabar com o sofrimento e as injustiças e ajudou a reconstruir as pontes onde elas tinham sido destruídas. É para mim uma honra ter assistido a isso em primeira mão em muitas ocasiões, ao longo dos muitos anos em que trabalhámos juntos."
Jean-Claude Juncker , presidente da Comissão Europeia

"Kofi Annan não falava apenas em construir um mundo melhor e mais pacífico. Ele dedicou toda a sua vida a trabalhar para isso — e o mundo é um lugar melhor por causa dele. Cabe-nos agora a nós continuarmos o seu trabalho."
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá

"Kofi Annan foi um infatigável defensor de causas que nortearam a sua anterior acção enquanto diplomata do seu país, o Gana, e como funcionário da Organização das Nações Unidas, onde se distinguiu no desempenho de altos cargos. A luta pelo desenvolvimento, o combate ao HIV, à malária e à tuberculose, que o levaram a ser distinguido com o Prémio Nobel da Paz em 2001, foram algumas das suas principais acções enquanto secretário-geral das Nações Unidas. Portugal recorda muito especialmente a acção determinada e decisiva de Kofi Annan em prol da autodeterminação de Timor-Leste."
Ministério dos Negócios Estrangeiros português

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