Academia dos Óscares cria nova categoria para premiar "filmes populares"
Em 2019 a cerimónia será mais curta, para se tornar mais acessível a "espectadores de todo o mundo". Alterações foram anunciadas esta quarta-feira via Twitter.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou mudanças na atribuição dos Óscares, entre as quais a criação de uma nova categoria para premiar "filmes populares" e uma redução do tempo de transmissão da cerimónia.
Na terça-feira à noite, o Conselho de Governadores da academia reelegeu o cineasta e director de fotografia John Bailey como presidente e aprovou algumas alterações ao formato da cerimónia, anunciadas um dia depois através da rede social Twitter.
A principal mudança prende-se com a criação de uma nova categoria para premiar "filmes populares" (vulgarmente designados por blockbusters). Os critérios para esta nova categoria ainda estão por anunciar, de acordo com uma carta enviada pela academia aos seus membros, citada pela imprensa especializada.
Outra alteração diz respeito ao tempo de duração da cerimónia, com a academia a planear uma transmissão de três horas "mais acessível" para espectadores de todo o mundo.
"Para honrar as 24 categorias, apresentaremos algumas categorias seleccionadas ao vivo, no Dolby Theatre, durante os intervalos comerciais (categorias por determinar). Os momentos da vitória serão editados e apresentados mais tarde durante a transmissão", lê-se na carta.
A terceira grande mudança só será posta em prática em 2020 e tem a ver com a data de transmissão da cerimónia, que será antecipada. Assim, a 92.ª edição dos Óscares será transmitida no dia 9 de Fevereiro, mantendo-se inalterada a data prevista para a cerimónia de 2019: 24 de Fevereiro.
O Conselho de Governadores justifica estas alterações com a necessidade de corresponder às sugestões apresentadas pelos membros, no sentido de "manter a relevância dos Óscares e da academia num mundo em mudança".
A cerimónia deste ano, que distinguiu com o Óscar de Melhor Filme A Forma da Água, de Guillermo del Toro, foi a menos vista de sempre.