PSP defende actuação de operador do 112 que atendeu pedido de socorro de jovens feridos em incêndio

Seis jovens ficaram feridos em incêndio no sábado.

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PAULO RICCA

A direcção nacional da PSP emitiu um comunicado sobre a assistência aos seis jovens feridos, dois dos quais com gravidade, num incêndio no sábado, na zona de São Bento do Cortiço, Estremoz. Garante que o operador do Centro Operacional Sul (COSUL) 112 reagiu “com diligência” perante o perigo que lhe foi reportado. Em causa está uma notícia do Observador que contou que, quando as chamas chegaram próximo da casa onde estavam os jovens, um deles ligou para o 112, pedindo ajuda. Uma familiar, Ana Marques, citada pelo jornal, disse que a resposta do operador foi que não sabiam onde era o Monte do Cerradinho, onde eles estavam, “e que, sendo assim, não podiam enviar ninguém”.

Antes de desligar desejou-lhes “boa sorte”, adiantou a mesma fonte. E os jovens fugiram do local pelos seus próprios meios, tendo sofrido ferimentos. Na nota, a PSP reporta algo diferente: às 18h44, foi recebida uma chamada no COSUL 112, feita por um jovem que relatava um incêndio que já teria atingido a casa onde se encontrava com os amigos. O operador, “apercebendo-se da gravidade da situação e o risco que os jovens corriam, procurou determinar a sua localização e do incêndio, para efeito de reencaminhamento da ocorrência para as entidades competentes, sendo que já anteriormente tinham sido accionados meios para um incêndio, na mesma zona”.

Depois, “manteve a ligação com o jovem durante cerca de 8 minutos”, procurou obter mais informação, “enquanto diligenciava pela localização” do grupo. Mas, no decurso da chamada, apercebeu-se da “chegada de um veículo particular que terá prestado socorro aos jovens”, levando-os para uma unidade de saúde. “Perante a existência do socorro no local e a retirada dos jovens da zona perigosa, o operador efectivamente desejou boa sorte, principalmente por ter indicação" de que eles se encontravam feridos.

Posteriormente, cerca das 18h56, “foi recebida uma chamada de um familiar dos jovens, o qual informou o local exacto onde estariam inicialmente e de onde tinham saído em fuga ao incêndio, informação adicional que foi remetida às entidades competentes”, acrescenta a nota da PSP. “Refira-se que a georreferenciação de chamadas móveis, apenas é possível em relação à antena accionada pelo equipamento móvel, o que pode compreender uma área muito extensa, importando, para o accionamento eficaz dos meios de socorro, ter referências que possibilitem o seu adequado direccionamento pelas entidades competentes.”

Perante os dados disponíveis, a PSP considera que operador do COSUL 112 “procedeu com diligência, procurando manter a ligação telefónica com o jovem, por forma a obter dados de localização para a remessa de dados e accionamento dos meios de socorro, só terminando a chamada quando foi garantido o transporte dos jovens para fora da zona de risco”.

Nesta segunda-feira, duas jovens de 20 e 25 anos continuavam internadas em hospitais de Lisboa numa situação clínica "grave", divulgou a administração de saúde. E outro estava internado em Coimbra com queimaduras de segundo grau em cerca de 30% da superfície corporal, mas em estado estável, noticiou a Lusa.

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