Trinta refugiados do navio Lifeline chegam a Portugal
Grupo chegou este domingo a Lisboa e vai ficar alojado no Centro de Acolhimento da Bobadela, depois de várias semanas em Malta e de um resgate atribulado ao largo da Líbia.
Três dezenas de pessoas resgatas em Junho, ao largo a Líbia, pelo navio de assistência humanitária Lifeline, chegaram este domingo a Portugal, segundo anunciou o Ministério da Administração Interna (MAI). O grupo tinha estado seis dias em alto mar antes de o navio, com um total de 230 pessoas a bordo, atracar finalmente em Malta.
O grupo, refere o MAI, vai ser acolhido pelo Conselho Português para os Refugiados, no Centro de Acolhimento da Bobadela. Trata-se de 26 homens, três mulheres e uma criança de quatro meses provenientes do Bangladesh, Costa do Marfim, Eritreia, Etiópia, Mali, Guiné Conacri, Serra Leoa, Somália e Sudão.
O Governo sublinha que a chegada deste grupo de pessoas resulta do compromisso de solidariedade e de cooperação europeia assumido por Portugal em matéria de migrações: "Perante a situação de emergência dos migrantes resgatados pelo Lifeline, o Governo português manifestou de imediato ao Governo de Malta a disponibilidade para participar solidariamente no processo de acolhimento".
Através do Twitter, o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, agradeceu ao homólogo português, António Costa, a disponibilidade lusa. “Somos parceiros na luta por uma melhor Europa. Podem sempre contar com a solidariedade portuguesa”, disse também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita ao homólogo maltês, Michael Farrugia.
O MAI informa que Portugal também já manifestou a disponibilidade para receber 50 pessoas do grupo de 450 migrantes resgatados no início de Julho por navios italianos, numa iniciativa conjunta com Espanha e França.
Segundo o Governo, uma equipa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do Alto Comissariado para as Migrações também já concluiu, no Egipto, a primeira missão de contacto e entrevistas aos refugiados candidatos ao grupo de mais de mil pessoas que vão ser acolhidas em Portugal, até 2019, ao abrigo do Programa Voluntário de Reinstalação a partir de países terceiros, da Comissão Europeia e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).