Pinto da Costa sublinha hipocrisia do apelo de Filipe Vieira
Presidente do Benfica pediu, nos Estados Unidos, a pacificação do futebol e o líder do FC Porto recordou que o rival, perante a crise "leonina", prometeu uma loucura.
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, cumpriu esta sexta-feira a promessa antiga de comemorar na Afurada mais uma conquista do título de campeão nacional. E fê-lo com a certeza de aí receber importante estímulo para as dificuldades que antecipou, pegando no discurso do rival Luís Filipe Vieira, proferido nos Estados Unidos, para sublinhar a contradição do apelo do presidente do Benfica relativamente à união e pacificação do futebol português. Pedido que o líder portista estranha face à posição assumida pelo dirigente do clube da Luz em recente assembleia geral.
“Vou fazer uma pequena loucura, que se calhar não devia. Mas vou. Há 25 anos brincaram connosco mas não brincam mais”, foi a frase de Vieira que Pinto da Costa vê como prova da “falta de ética” que agora o adversário apregoa.
“Os defensores da verdade e da ética mudam quando os nossos adversários mostram que não a têm. O nosso rival Sporting Clube de Portugal passou por uma situação difícil e indesejável para o futebol e para o país”, recordou Pinto da Costa, prosseguindo. “Vários jogadores pediram a rescisão, por falta de condições. Felizmente, alguns reconsideraram e o Sporting teve argumentos para os recuperar. Mas perante esta fragilidade, o presidente de outro rival disse, solenemente, em assembleia geral, que perderia a cabeça e iria buscar jogadores. Não teve capacidade, mas demonstrou a ética. Agora vem apelar aos dirigentes. Mas cada um é como é. Quando alguém está no chão, ensinaram-me que não se bate, ajuda-se a levantar. O mais extraordinário é que perante essas afirmações de guerra, houve quem o louvasse por ir roubar jogadores. Defendem o indefensável. E é isto que nos espera mais um ano. Mas medalhas de honra dessas não queremos”.