Israel aceita cessar-fogo após pesado ataque contra o Hamas
Primeiro-ministro israelita confirmou tratar-se do maior bombardeamento desde 2014.
Israel e grupos militares de Gaza chegaram a acordo sobre um cessar-fogo, depois do maior ataque contra posições do Hamas desde a guerra de 2014.
Dezenas de raides aéreos israelitas bombardearam posições controladas pelo Hamas ao passo que da Faixa de Gaza foram disparados mais de 100 rockets rumo a território israelita, ferindo duas pessoas.
Horas depois do anúncio do cessar-fogo ainda há registo de ataques de ambos os lados, mas a situação está mais calma neste domingo de manhã.
Numa declaração em vídeo, o primeiro-ministro israelita. Benjamin Netanyahu. assumiu que este foi o maior ataque contra alvos militares do Hamas desde 2014, justificando a acção com o combate ao terrorismo. “As forças armadas israelitas lançaram o maior ataque contra o Hamas desde 2014 e aumentará a intensidade se for necessário”, disse Netanyahu.
O bombardeamento aéreo israelita causou dois mortos e 12 feridos na Faixa de Gaza e, já na manhã deste domingo, uma explosão provocou a morte de mais dois palestinianos, um homem de 35 anos e o filho de 13.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse à Reuters que o cessar-fogo acabou por ter sucesso devido aos “esforços do Egipto para restabelecer a calma”.
Um dos edifícios atingidos é, segundo os israelitas, um local de treino dos membros do Hamas. As instalações estavam vazias mas acabaram por matar dois adolescentes que estavam perto.
O ministro israelita dos Serviços Secretos disse, no entanto, que estes ataques não deveriam ser vistos como o início de uma campanha militar contra a Faixa de Gaza. “Não estamos numa operação militar. A iniciativa envia a mensagem de que Israel não vai tolerar morteiros, explosivos, e bombas incendiárias”, disse num canal de televisão israelita, citado pela Reuters.
O bombardeamento teve lugar após uma escalada de violência na região nos últimos meses. Nos últimos meses têm decorrido manifestações de palestinianos junto à fronteira, em apoio ao direito de retorno dos palestinianos que tiveram que deixar o território após a criação do Estado de Israel.
Muitos palestinianos foram mortos nestes protestos por disparos de soldados israelitas, que receberam ordem para atirar contra os que se aproximassem da zona divisória.
Na sexta-feira foram atirados pneus em chamas, pedras e engenhos explosivos contra os soldados israelitas, ferindo um militar, junto à fronteira. Horas depois foi lançado o ataque contra a Faixa de Gaza.