Elon Musk testa mini-submarino para salvar crianças presas numa gruta
Empresário mostra testes com equipamento numa piscina. Diz que a cápsula é “suficientemente leve” para ser puxada por dois mergulhadores e “suficientemente pequena para passar pelos locais mais estreitos".
Elon Musk, o multimilionário dono do fabricante automóvel Tesla e da Space X, publicou, no Twitter, uma série de vídeos que mostram como é que um mini-submarino poderia ajudar a salvar as crianças presas na gruta de Tham Luang, no Norte da Tailândia.
Com a forma de um pequeno foguetão, o equipamento tem 12 polegadas de diâmetro (cerca de 30 centímetros) e pode ser manobrado por dois mergulhadores externos. Ainda antes da operação de resgate se ter iniciado, Elon Musk tinha afirmado que a cápsula é “suficientemente leve” para ser puxada por dois mergulhadores e “suficientemente pequena para passar pelos locais mais estreitos dentro da gruta e “extremamente robusta”.
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Os vídeos publicados, horas depois de se ter iniciado a operação de resgate, foram filmados numa piscina e mostram os mergulhadores a arrastarem a cápsula que depois é retirada da água e de onde sai um rapaz completamente seco.
Um professor especializado em investigação de foguetões da Universidade de Princeton, Edgar Choueiri, considerou que a cápsula tem um tamanho adequado para transportar as crianças. “Eu nunca apostaria contra Elon Musk”, disse Edgar Choueiri ao The New York Times.
Mas outros especialistas ouvidos pelo jornal não se mostram tão confiantes. Greg Moore, da comissão norte-americana de salvamento de grutas, considerou que o mini-submarino não deverá conseguir passar nos pontos mais estreitos da gruta.
No domingo, foram retirados quatro dos 12 jovens que estão presos na gruta desde 23 de Junho, mas as operações de salvamento tiveram de ser suspensas. Foram retomadas nesta segunda-feira de manhã, com o objectivo de se retirar do interior da gruta os restantes oito jovens que compõem a equipa de futebol juvenil que, há 17 dias, ficou retida no interior da gruta, popular entre turistas.
Além dos 12 jovens, ficou encurralado o treinador que os acompanhava, um antigo monge budista que ficou órfão aos 10 anos e que é apontado como um elemento-chave na protecção dos jovens ainda retidos. Foram detectados com vida, ao fim de dez dias sem sinais, mas o mais difícil é retirá-los, devido à falta de condições de segurança, ao perigo que representa a subida repentina das águas – potenciada pela chuva – e ao facto de nenhum dos jovens saber nadar.
Um mergulhador morreu, na sexta-feira, enquanto participava na operação de resgate.