Inéditos de Amália dos anos de 1968-75 chegam esta sexta-feira ao mercado num triplo CD

Frederico Santiago afirma que, nesta edição, "há bastantes inéditos", e destaca a canção Ni la Sota ni el Caballo, a versão em francês de Havemos de Ir a Viana, de Pedro Homem de Mello e Alain Oulman, mais quatro cantigas de Arlindo de Carvalho.

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Amália Rodrigues LUSA

O triplo CD Amália. É ou Não É, que inclui inéditos de Amália Rodrigues, do período de 1968 a 1975, numa edição coordenada por Frederico Santiago, chega esta sexta-feira ao mercado.

Em declarações à agência Lusa, Frederico Santiago afirmou que, nesta edição, "há bastantes inéditos", e destacou a canção Ni la Sota ni el Caballo, um tanguillo, a versão em francês de Havemos de Ir a Viana, de Pedro Homem de Mello e Alain Oulman, mais quatro cantigas de Arlindo de Carvalho.

"E depois, há todas as surpreendentes versões inéditas que foram preservadas", acrescentou Frederico Santiago.

Todo este material foi gravado nos estúdios da Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos, nos arredores de Lisboa, à excepção de quatro fados, em 1969, na segunda parte de uma actuação da fadista no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, da qual já tinham sido editadas duas canções, com orquestra, no duplo CD Amália Canta Portugal (2016).

Nesta edição incluem-se Havemos de Ir a Viana, Povo que Lavas no Rio, Formiga Bossa Nossa e Vou Dar de Beber à Dor.

O terceiro CD inclui "numerosos ensaios em estúdio", entre os quais a canção Eu tenho um Coração Novo, cuja letra pode atribuir-se, com algumas reservas, a Amália Rodrigues.

Esta edição inclui, disse Frederico Santiago, todo o repertório editado originalmente nos singles e EP, de 45 rotações, publicados entre 1968 e 1974, quando Amália gravou "a nata do repertório do 'fado alegre', como muitos hoje lhe chamam, com cantigas como É ou Não É, que dá título à edição, pois também neste domínio o seu repertório e o seu legado são inultrapassáveis".

"No 'fado alegre' Amália é imbatível", enfatizou Frederico Santiago.

A edição inclui textos de Frederico Santiago e de Nuno Gonçalo da Paula, autor do livro Nóbrega e Sousa - Música no coração (2010), e fotografias inéditas de Augusto Cabrita.

Frederico Santiago tem investigado a obra de Amália Rodrigues (1920-1999), contextualizando e catalogando o seu legado.

O triplo CD Amália. É ou Não É - os 45 rpm (1968-1975) é a primeira edição, este ano, do projecto da edição aumentada e remasterizada, a partir das bobinas originais, da obra integral da artista.

Sob orientação de Frederico Santiago foram editados, sempre com inéditos, Amália no Chiado, Fado Português, Tivoli 62, Someday, Amália... Canta Portugal, Amália em Itália, Amália no Coliseu e Fados'67.