Videoclipe
Niki Moss apresenta-se com um comprimido de verão
Esta galeria é uma parceria com o portal Videoclipe.pt, sendo a seleção e os textos dos responsáveis do projeto.
A crónica de Hilário Amorim: Videoclipe, o herói improvável
E assim do nada alguém adicionou à plataforma VIDEOCLIPE.PT um ovni em forma de vídeo, de nome Soylent Green. Algo totalmente animado com formas gráficas e de um colorido luminescente e sintético. Figurações quase humanoides ou mostrengos, porém, ainda abstratas e cromaticamente apelativas. Bem, um enigma! Perguntámos, o que é isto? E que nome é este, Niki Moss?! Na verdade, isto é, em parte, aquilo que um videoclipe deve tentar conseguir: ter um visual atrativo, diferenciado de algum modo (ou de todo o modo, se possível), e sobretudo, que suscite curiosidade. Ora, se o nome nunca tínhamos ouvido, é porque o projeto é novinho em folha. E seguindo a pista da editora, a Pontiaq, lá descobrimos que se trata de um alter ego de Miguel Vilhena para a pop eletrónica. O guitarrista dos roqueiros Savanna e partenaire de estrada de Moullinex. Para um cinéfilo, o título remete para um filme-culto dos anos 70 sobre um futuro distópico (em 2022, está quase!), com o mundo À Beira do Fim devido ao efeito de estufa que esgotou os recursos e com a população barrada em gradeados (já está!) sedenta de um nutriente sintético, sobre o qual reside um segredo macabro. Portanto, este Soylent Green sintetiza isto através de um aprazível comprimido sonoro, daqueles que nos põe vaidosos do nosso corpinho tonificado à beira duma piscina. Quanto ao Raquete Studio, que assina isto, ficamos à espera da próxima jogada, e que não esqueça de a lançar logo para o “quadro” nacional dos videoclipes — a plataforma acima referida.
Texto escrito segundo o novo Acordo Ortográfico, a pedido do autor.