Japão abala Colômbia no haraquiri de Sánchez

Início desastroso, com penálti e expulsão, comprometeu aspirações dos sul-americanos.

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Falcao ficou em branco EPA/RUNGROJ YONGRIT

A segunda expulsão mais rápida da história dos Mundiais teve um impacto brutal no Colômbia-Japão, contribuindo decisivamente para a primeira vitória de uma selecção asiática sobre uma sul-americana em fases finais (2-1). Com James Rodríguez, melhor marcador do Brasil 2014, no banco e Juan Quintero a justificar a aposta do presidente do River Plate — quando garantiu que accionará a opção de compra junto do FC Porto —, a Colômbia fez haraquiri aos três minutos do jogo que marcou o arranque do Grupo H.

A expulsão do médio Carlos Sánchez, na sequência de uma hesitação imperdoável do central Davinson Sánchez, encostou os colombianos às cordas, com a selecção nipónica a sublimar a vantagem numérica ao consumar a grande penalidade convertida por Shinji Kagawa (6’). O seleccionador da Colômbia tentou equilibrar, acreditando na superior capacidade técnica da equipa, mas só quando decidiu sacrificar Cuadrado, já com a primeira meia hora de jogo esgotada, percebeu que a disponibilidade atlética e mental do Japão acabaria por prevalecer se não fosse criada rapidamente uma janela de oportunidade.

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Em estreia absoluta em fases finais de Campeonatos do Mundo, Radamel Falcao ameaçou um par de vezes, sempre com Quintero a salientar o lado felino de “El tigre”. O ex-portista acabaria por desempenhar papel importante na obtenção do empate, ao forçar a falta que o criativo do River bateu por baixo da barreira nipónica, surpreendendo o guarda-redes, impotente para evitar o empate. Perante as circunstâncias difíceis, a Colômbia surgiu algo submissa, aparentemente mais interessada em gerir os danos, retirando deste jogo de estreia um resultado que configurasse um mal menor. Ainda assim, José Pékerman jogou um trunfo para a mesa, trocando um Quintero esgotado pela grande figura da selecção.

Mas, em vez de James Rodríguez, foi Ospina a brilhar e a adiar a sentença ditada pela agilidade mental dos japoneses, que acreditaram sempre na vitória, sujeitando o adversário à lógica da superioridade numérica para vingar a goleada (4-1) de 2014, no Brasil. Os nipónicos acabariam mesmo por chegar ao golo da vitória na sequência de um canto em que Osako — considerado o homem do jogo — cabeceou no meio dos defesas colombianos, batendo Ospina e garantindo uma importante vitória face a um dos principais favoritos do Grupo H. 

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