Marta Soares confirma AG de destituição

Presidente da Mesa da Assembleia Geral acusa Bruno de Carvalho de impedir validação de votos e interpõe providência cautelar.

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CARLOS BARROSO/LUSA

Jaime Marta Soares, presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, confirmou, nesta terça-feira, em conferência de imprensa, que se mantém inalterável a assembleia de destituição do Conselho Directivo do clube de Alvalade, agendada para o próximo dia 23 de Junho. Marta Soares denunciou o que classificou de “ilegalidades graves” e “atropelos” aos estatutos do Sporting, por parte do Conselho Directivo presidido por Bruno de Carvalho, apelando à urbanidade dos associados na reunião marcada para o Altice Arena, em Lisboa.

O líder demissionário da MAG considerou ainda que Bruno de Carvalho é responsável pelo boicote à acção do órgão, impedindo-o de validar os mais de 3500 votos recolhidos, facto que contribuiu para uma tomada de posição judicial, avançando com a figura da providência cautelar como forma de assegurar o cumprimento das deliberações estatutariamente legais, bem como as condições de segurança para a Assembleia Geral de dia 23 de Junho.

Jaime Marta Soares alertou para o facto de todas as medidas emanadas do Conselho Directivo serem “nulas no efeito” e feridas de ilegalidade, sublinhando que a MAG é o único órgão com legitimidade no que respeita à marcação de assembleias. O líder da MAG advertiu, ainda, Bruno de Carvalho para as consequências da “irresponsabilidade” do que considera ser uma “fraude estatutária” e “um atentado à lei”, pelo que deixou o alerta aos sócios para não pactuarem com o estabelecimento de uma “república das bananas”, confiando no sistema de Justiça português, que se aplica a qualquer instituição de utilidade pública.

Marta Soares garantiu, de resto, estar disposto a ir até às últimas consequências para garantir a realização da AG de dia 23, mesmo não tendo orçamento e meios para suportar uma logística onerosa, embora tenham sido dados os passos necessários para viabilizar a reunião magna junto do Conselho Directivo.

O dirigente concluiu a intervenção com uma questão dirigida a Bruno de Carvalho, instando-o a cumprir com a palavra empenhada: “O que leva Bruno de Carvalho a tomar estas atitudes, a estar tão agarrado ao poder? Disse que criaria todas as condições para que os sócios se pronunciassem. Por isso, que cumpra a palavra. Exige-se que cumpra”, desafiou, acusando o presidente do Conselho Directivo de “desnorte”, “teimosia” e de assumir uma posição arbitrária, responsabilizando-o pela tentativa de um “golpe de estado” para perpetuar uma situação insustentável.

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