OMS lança em Portugal plano mundial para pôr pessoas a fazer mais desporto
O objectivo é levar os países a promover "a actividade física junto das populações" numa lógica que envolva vários sectores e políticas.
Um em cada quatro adultos não pratica níveis suficientes de actividade física, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os números são ainda mais preocupantes quando se olha para as jovens, as mulheres, os idosos, e as pessoas mais desfavorecidas ou portadoras de alguma deficiência ou doença crónica, esclarece um comunicado do Ministério da Saúde.
Perante isto, e porque o sedentarismo é um dos factores que mais contribuem para o aparecimento de doenças crónicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, as doenças oncológicas, a diabetes e a obesidade, a OMS tem como meta até 2030 aumentar em 15% os níveis de actividade física em todo o mundo.
“Pessoas Mais Activas para um Mundo Mais Saudável” foi o nome dado ao plano para os próximos 12 anos e Portugal o país escolhido para o seu lançamento, que terá lugar nesta segunda-feira na Cidade do Futebol, junto ao Estádio Nacional, na Cruz Quebrada.
O objectivo é dar orientações claras aos países para promoverem, numa lógica que envolva vários sectores e políticas, "a actividade física junto das populações, nomeadamente através da criação de ambientes seguros e acessíveis, para pessoas de todas as idades”, refere ainda o comunicado.
Em Portugal, um em cada 10 portugueses tem diabetes, perto de quatro em cada dez sofre de hipertensão e mais de metade da população adulta apresenta excesso de peso, incluindo obesidade. É também dos países europeus onde a população vive menos tempo com saúde depois dos 65 anos.
De acordo com a nota enviada pelo gabinete do ministro da Saúde, o Governo português assumiu a promoção da actividade física como prioridade nacional e tomou já várias medidas nesta área, como por exemplo a criação de um Programa Prioritário para a Promoção da Actividade Física.
No lançamento, esta segunda-feira, está prevista a presença do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, do director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, e ainda do primeiro-ministro António Costa e do ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues.