O Museu da Guarda é o próximo na lista do Novo Banco

A partir de 8 de Junho, o museu passará a poder contar com obras de João Hogan, Nikias Skapinakis, José de Guimarães, Júlio Resende e Luís Pinto Coelho. O anúncio foi feito esta quarta-feira.

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Nikas Skapinakis, artista aqui fotografado no restaurante Gambrinus junto de uma pintura sua (Geometria Variável), passará a estar representado no Museu da Guarda shm shamila mussa

O Museu da Guarda será o próximo beneficiário do programa de depósitos da colecção do Novo Banco (NB). No dia 8 de Junho será assinado um protocolo entre o NB e a Câmara Municipal da Guarda para a cedência de cinco pinturas de outros tantos artistas portugueses: João Hogan, Nikias Skapinakis, José de Guimarães, Júlio Resende e Luís Pinto Coelho, informou ao início da tarde a instituição bancária, através de um comunicado.

O Museu da Guarda, que ficará com estas obras em depósito e se compromete a expô-las nas suas salas a título permanente, torna-se, assim, o quarto museu a integrar este programa do NB Cultura, criado para disponibilizar ao público o património cultural e artístico do Novo Banco.

O pontapé de saída foi dado com o Museu Nacional dos Coches, que em Janeiro passou a ter exposto o óleo Entrada pública em Lisboa do Núncio Apostólico Monsenhor Giorgio Cornaro, representação de um cortejo de coches e berlindas no Terreiro do Paço antes do terramoto de 1755. A esta tela de um autor desconhecido do século XVII, seguiu-se outra, desta vez uma Natureza Morta com Flores da escola flamenga, atribuída a Jan Fyt, que está desde o começo de Abril no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco. No dia 18 de Maio, foi o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, o contemplado, passando a integrar no seu percurso o Retrato de Anne Catherine Le Preudhomme, Condessa de Verdun (1782), de Élisabeth Louise Vigée Le Brun (1755-1842), a pintora da rainha Maria Antonieta que tem hoje obras nalgumas das colecções mais importantes do mundo.

O NB Cultura continuará a fazer este tipo de depósitos em instituições públicas, já que a sua colecção de pintura inclui quase 100 obras. A Biblioteca de Estudos Humanísticos que pertence ao banco foi já cedida à Faculdade de Letras de Lisboa e a colecção de numismática está disponível para visitas através de marcações.

Só falta saber o que vai acontecer ao seu acervo de fotografia contemporânea, um dos melhores do país. Em Janeiro, aquando do primeiro depósito de uma pintura, o dos Coches, o destino mais provável desta colecção que reúne cerca de um milhar de peças de 280 artistas, incluindo muitos dos mais prestigiados fotógrafos internacionais da actualidade, era o Convento de S. Francisco, em Coimbra.

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