Só dois deputados se abstiveram nos quatro projectos

Só Berta Cabral e Pedro Pinto, ambos do PSD, estavam indecisos em relação a todos os projectos. CDS tentou capitalizar resultado da votação

Berta Cabral absteve-se em todos os projectos
Fotogaleria
Berta Cabral absteve-se em todos os projectos Fabio Augusto
Pedro Pinto também se absteve nos quatro projectos
Fotogaleria
Pedro Pinto também se absteve nos quatro projectos Paulo Pimenta

Foi na bancada do PSD que se registaram as duas únicas abstenções em todo o hemiciclo sobre os quatro diplomas: Pedro Pinto e Berta Cabral. Em nenhuma outra bancada se verificou situação idêntica.

A ex-líder do PSD/Açores disse ao PÚBLICO ter feito uma “ponderação pessoal dos prós e contras” dos quatro projectos e considerou que seria na especialidade que poderia ser feito “o debate que faltou até agora”. “Feita essa discussão teria toda a margem para tomar uma decisão definitiva na votação final global”, afirmou a deputada. O PÚBLICO tentou contactar Pedro Pinto, também líder da distrital do PSD de Lisboa, mas sem sucesso.

Com a votação tremida por poucos votos no PSD, o CDS tentou capitalizar o resultado da votação. “O CDS alegra-se com a votação que levou à reprovação da eutanásia. Entendemos que este foi um sinal de grande maturidade democrática do Parlamento”, afirmou aos jornalistas Assunção Cristas, líder do partido. Assunção Cristas foi a líder partidária que mais se empenhou na causa do ‘não’ à eutanásia, tendo participado em duas manifestações de movimentos contra, que decorreram à porta da Assembleia da República.

Já o PCP anunciou o voto contra pelo princípio em si, mas não fez qualquer campanha. Até no debate limitou ao mínimo a intervenção: Não fez interpelações a nenhum partido e só interveio uma vez pela voz de António Filipe. O deputado esgotou o seu tempo (10 minutos) num só discurso e teve que pedir 30 segundos ao BE para responder a Mariana Mortágua que o provocara com uma citação de José Saramago e tentou colar o PCP à Igreja e a Cavaco Silva. 

Sugerir correcção
Comentar