Veículos eléctricos: em busca da consciência perdida

Vila Nova de Gaia promoveu o 3.º Encontro de Veículos Eléctricos, um evento que, mais do que tudo, quis despertar a consciência da população para a necessidade da redução da pegada de carbono.

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Carlos Figueiredo
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A Douro Marina, em Vila Nova de Gaia, foi o ponto de partida do 3.º Encontro de Veículos Eléctricos, uma organização da Câmara Municipal em parceria com o Público. Inserido no Open Day Mobilidade Sustentada, o evento, no qual participaram veículos 100% eléctricos, ou seja, sem emissões de CO2, rumou em forma de desfile até ao Mosteiro da Serra do Pilar, onde uma recepção esperava os participantes. 
O evento decorreu naquela que foi a cidade pioneira da denominada rede piloto Mobi.e, composta por postos de carregamento para veículos eléctricos maioritariamente situados em espaços de acesso público. Manuel António Ribeiro, dinamizador do evento e da área de mobilidade eléctrica no município de Gaia confirmou que a autarquia, para além de ter sido pioneira deste “movimento”, tem zelado de uma forma “muito motivadora” a rede de postos de carregamento. Actualmente, a autarquia assume a conservação dos postos, apesar de não ser da sua responsabilidade. “Hoje, os carregamentos são gratuitos. Não existindo o modelo de negócio, as empresas não se sentem atraídas a investir na sua manutenção. O município de Gaia, consciente da necessidade de dinamizar, acarinhar e incentivar esta tecnologia, assume a sua manutenção”. De resto, esta atitude coloca a Câmara Municipal mais perto do Acordo de Paris, aprovado em Dezembro de 2015 pelos membros de 195 países que representam mais de 55% das emissões globais de Gás com Efeito de Estufa (GEE) e que assumiram o propósito de conter o aquecimento global, e o limitarem a menos de 2ºC. 
O município de Gaia tem disponível 15 postos de carregamento normais e dois postos de carregamento rápido onde, em 20 minutos, os veículos ficam aptos para seguir viagem. 

Os mitos 

A utilização de veículos eléctricos ainda não está claramente massificada. E esta é outra das razões pela qual a Câmara Municipal “insiste” em fazer eventos que permitam desmistificar algumas ideias. Uma delas, segundo Manuel António Ribeiro, é que um veículo eléctrico não é “uma carga de trabalhos”. Pelo contrário, garantiu o dinamizador do evento. “Para além de contribuir para o bem ambiente, a manutenção dos veículos eléctricos é residual relativamente aos de combustão. Por último, o valor do carregamento do veículo ronda um euro cada 100 quilómetros”, algo que toma particular relevância nos dias de hoje já que Portugal está entre as nações com a gasolina mais cara do mundo, uma tabela liderada pela Islândia. “Tem ainda mais uma vantagem: o bem-estar. O silêncio associado aos veículos eléctricos é algo benéfico para os utilizadores, mas igualmente para as cidades”. 
Mesmo em termos de autonomia, Manuel António Ribeiro esclarece que é um mito que se criou, sendo que, para a maioria das utilizações, os veículos eléctricos respondem às necessidades. “Hoje têm autonomias de 350 quilómetros. Fazendo Porto-Lisboa, paramos a meio para café e seguimos viagem”. 
Para liderar pelo exemplo, a Câmara Municipal tem já uma frota superior a 25 veículos. “Tem de ser o erário público a garantir aos cidadãos que esta é uma escolha viável, que é uma boa escolha. Daí já termos uma frota que integra desde veículos de transporte de passageiros a veículos de limpeza e manutenção”.