Sporting: “Ninguém acredite que há uma lei que resolva isto”

Foi desportista durante vários anos e é sportinguista — razão pela qual as últimas semanas foram duras para si. Ao PÚBLICO e à Renascença, Mariana Vieira da Silva diz esperar que possamos rapidamente voltar "a olhar para o fenómeno do futebol como vivemos o Euro 2016 ou a medalha do Carlos Lopes ou da Rosa Mota".

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Nuno Ferreira Santos

É conhecido o seu sportinguismo. O primeiro-ministro vai receber o presidente do Sporting?
Eu não respondo pela agenda do primeiro-ministro. 

Acha que deve?
Não me vou pronunciar sobre um pedido de audiência que foi feito ao primeiro-ministro. 

Até onde acha que a política deve entrar na área do futebol para resolver estas situações que temos vindo a viver?
Eu fiz desporto muitos anos e considero que esse elemento é fundamental na construção da minha personalidade. Estas semanas foram difíceis para mim. Aquilo que estamos a viver é difícil. E o que acho fundamental é que ninguém acredite que há uma solução, que há uma lei que resolva isto. Há um compromisso que deve ser de toda a sociedade. Naturalmente que todos os poderes políticos podem ter de tomar decisões, mudar uma lei que já existe. Mas há também responsabilidades nos clubes, que são instituições centenárias, às quais o país deve muito - porque formaram jogadores, atletas de todos os desportos, uniram-nos, fizeram-nos chorar e rir. E portanto, temos de esperar que todas as partes possam contribuir para aquilo que acho que é um objecto de todos, que é voltarmos a olhar para o fenómeno do futebol como vivemos o Euro 2016 ou a medalha do Carlos Lopes ou da Rosa Mota. É um caminho que cabe a todos, que deve ser partilhado por todos, sportinguistas, portistas e benfiquistas, mas também jornalistas, políticos, direcções de futebol, jogadores e treinadores. E deve ser um objectivo de todos procurar serenar e viver pacificamente.

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