Três candidatos disputam eleições para o PSD-Porto

Bragança Fernandes pediu a marcação e eleições e anunciou que não se recandidata à liderança da distrital. António Tavares decide ficar de fora.

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António Tavares, provedor da Misericórdia do Porto e porta-voz para a Solidariedade no PSD, desiste da candidatura ao PSD-Porto Nelson Garrido

Alberto Santos e Miguel Santos juntam-se a Rui Nunes na corrida à liderança do PSD-Porto que deverá ter eleições marcadas para finais de Junho, inícios de Julho. Já António Tavares, que tinha sido o primeiro a ponderar candidatar-se à distrital, decidiu não avançar.

Quer Alberto Santos quer Miguel Santos integram a actual comissão política de Bragança Fernandes: o primeiro preside ao Conselho de Jurisdição Distrital do PSD; o segundo é o primeiro vice-presidente. Na disputa interna para a liderança do PSD, Alberto Santos apoiou discretamente Rui Rio, enquanto Miguel Santos foi um fervoroso apoiante de Pedro Santana Lopes, tendo sido coordenador político da sua campanha a norte.

O actual líder da distrital, Bragança Fernandes, que termina o mandato a 23 de Julho, pediu ontem ao presidente da mesa, Virgílio Macedo, para marcar eleições durante uma reunião da comissão permanente, que antecedeu uma reunião alargada da distrital social-democrata.

O ex-presidente da Câmara de Penafiel, Alberto Santos, anunciou a sua candidatura na reunião restrita da comissão permanente. Já o deputado Miguel Santos decidiu fazê-lo em plena reunião alargada, na qual têm assento todos os presidentes das concelhias do distrito.

Ao PÚBLICO, Bragança Fernandes - que apoiou Santana Lopes - afastou uma recandidatura à liderança da distrital, revelando que não está motivado para um novo mandato, embora durante algum tempo tenha ponderado ser de novo candidato.

A eleição de Rui Rio fazia antever uma mudança de ciclo político na poderosa distrital do PSD-Porto e havia muita gente empenhada nesse propósito. António Tavares diz agora que não vai avançar, deixando o caminho livre para Alberto Santos que disputa a mesma base de apoio. António Tavares afirma que “faria todo o sentido haver uma mudança de ciclo”, mas entende que o “PSD no distrito do Porto ainda não está preparado para fazer as reformas que são necessárias”.

Em declarações ao PÚBLICO, Alberto Santos diz que o partido a norte “necessita de rejuvenescimento e de renovação, não só de rostos mas também de políticas”. Aposta em políticas de modernidade e promete aproximar o PSD da sociedade civil. “A minha intenção é ter uma relação privilegiada com a sociedade civil e o meu foco será colocar sempre a distrital próximas das pessoas”, avança o candidato que admite que a sua candidatura já andava há alguns meses no terreno a tentar reunir apoios.

Depois de “alguma ponderação”, Miguel Santos revela que decidiu avançar por entender que a sua candidatura “é uma decorrência" do seu "percurso político no distrito". "Sou um quadro do partido com uma preparação mais do que suficiente para este desafio”.
Ao PÚBLICO, assume-se como alguém que tem “maturidade política para o exercício destas funções” e afirna que a sua preocupação “é mobilizar o partido, credibilizando a sua acção política”.

No terreno está já Rui Nunes, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que também se mostra empenhado em abrir o partido à sociedade civil e recuperar a predominância autárquica que o PSD já teve no distrito.

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