FC Porto perde Liga Europeia contra o Barcelona

Equipa catalã triunfa por 4-2 no Dragão Caixa e conquista 22.º título de campeão europeu.

Esporte de equipe, torneio, equipe
Fotogaleria
LUSA/Fernando Veludo
Esporte de equipe, campeonato
Fotogaleria
LUSA/Fernando Veludo
Esporte de equipe, campeonato
Fotogaleria
LUSA/Fernando Veludo
Hóquei em patins, torneio, jogo, competição
Fotogaleria
LUSA/Fernando Veludo

O FC Porto foi derrotado pelo Barcelona na final da Liga Europeia de hóquei em patins por 4-2, este domingo, no Dragão Caixa. A maldição “blaugrana” conheceu um novo capítulo, com a sétima derrota infligida pelos catalães aos portistas em finais desta competição. 

Os “dragões” procuraram seguir a estratégia que, nos últimos dois jogos para a Liga Europeia, lhes permitiu eliminarem os rivais Benfica e Sporting, por 9-2 e 5-2, respectivamente: uma entrada forte, um golo e a cuidadosa gestão dessa vantagem mínima. Do outro lado, encontrava-se uma formação muito fechada defensivamente, com o objectivo de capitalizar a mínima desatenção da defensiva portuguesa.

Após um início de jogo muito equilibrado, os catalães inauguraram o marcador aos 12’, através de um remate cruzado de Lucas Ordoñez, melhor marcador do "Barça" na prova.

Impulsionados pelos adeptos, os portistas ligaram os motores e tentaram chegar ao empate. Hélder Nunes, com recurso à meia distância, Rafa e Gonçalo Alves (através de iniciativas individuais), foram os jogadores que mais deram trabalho ao guardião dos catalães, Aitor Egurrola, mas a vantagem forasteira a uma bola manteve-se até ao intervalo.

No regresso dos balneários, os “dragões” sabiam que os 25 minutos seguintes teriam de ser perfeitos para virarem o resultado. A reviravolta ficou mais difícil quando Pablo Alvarez, aos 27’, entrou na área portista e desferiu um remate ao ângulo superior esquerdo. Carles Grau não interceptou a bola e estava feito o segundo da equipa visitante.

Segundos depois, a formação portuguesa teve oportunidade de reduzir a desvantagem. A castigar a décima falta do Barcelona, Hélder Nunes — que tinha falhado na véspera três livres directos, contra o Sporting — não conseguiu, uma vez mais, marcar golo de bola parada para os portistas. Um remate para o centro da baliza, defendido com o peito por Aitor Egurrola, desesperou ainda mais os "dragões".

Por mais que tentasse, o FC Porto não encontrava o caminho da baliza que, pelo contrário, foi mais uma vez descoberto pelos novos campeões europeus. Pau Bargalló, com um remate fortíssimo, exasperou o Dragão Caixa, colocando os catalães com três golos de vantagem, quando faltavam jogar 19 minutos.

O FC Porto não se deixou abater e, através de um penálti (31'), Gonçalo Alves fez, na recarga, o 3-1 que manteve a esperança acesa. Cinco minutos depois (aos 36’), com um remate de meia distância de Hélder Nunes, os portistas reduziram a desvantagem para a margem mínima (3-2).

Ainda não tinham acabado os festejos do golo de Hélder Nunes e os “dragões” tinham nova oportunidade para empatar: 15.ª falta dos “blaugrana” e livre directo a favor dos “azuis e brancos”. Gonçalo Alves permitiu a defesa de Aitor, não conseguindo bisar a partida e empatar o marcador.

Após a oportunidade falhada por Gonçalo Alves, a ineficácia portista foi gritante. Por cima da baliza, ao lado do alvo ou parados por Aitor, os remates não chegariam mais ao fundo da baliza catalã. Aos 38’, após toque de Jorge Silva em cima da baliza, o pavilhão ficou a pedir golo que a equipa de arbitragem italiana, incorrectamente, não validou.

Aos poucos, a ansiedade instalou-se nos jogadores da casa que, devido à frustração, iam cometendo mais erros. A minuto e meio do fim, Reinaldo Garcia impediu um contra-ataque perigoso e viu o cartão azul. Bargalló converteu o livre directo (4-2) e sentenciou a partida, entregando ao Barcelona o 22.º título de campeão europeu.

Os portugueses perderam a oportunidade de se sagrarem campeões europeus pela terceira vez. Em cinco anos, é a segunda final que os “azuis e brancos” perdem no seu reduto, depois de o Benfica ter vencido no Dragão Caixa em 2013. 

Cabestany emocionado no final da partida

Visivelmente emocionado, Guillem Cabestany falou aos jornalistas após a final da Liga Europeia. Com a voz embargada, pediu perdão aos adeptos portistas, mostrando-se ainda assim orgulhoso: “Não somos campeões da Europa, mas para um treinador o orgulho está nas exibições e no trabalho. Quando nos classificámos para a final four, fui o primeiro a pedir que fosse no Dragão Caixa. Sei que para os portistas é, se calhar, reviver o que aconteceu [em 2013, frente ao Benfica] mas podem estar satisfeitos com aquilo que fizemos na pista”.  

Eduard Castro, técnico dos catalães, sustentou que o “acerto” da sua equipa foi o principal factor da vitória. O Barcelona completa, assim, uma temporada perfeita, conquistando os quatro títulos principais das competições nacionais e internacionais.

Sugerir correcção
Comentar