Lava destruiu dezenas de casas no Havai e continua a avançar
Foram já registadas dez fissuras no solo e as erupções deverão continuar nos próximos tempos. As autoridades não têm ainda uma data para apresentar aos habitantes.
Mais de 31 habitações foram destruídas e cerca de duas mil pessoas foram retiradas das suas casas devido à lava do vulcão Kilaeua na Grande Ilha do Havai (EUA), que na quinta-feira entrou em erupção, ao que se seguiu um terremoto de 6,9 na escala de Richter a atingir a zona sudeste da ilha.
Não existe previsão sobre quando os moradores poderão regressar à área afectada e estão previstas mais erupções e novas fissuras nos próximos meses.
Segundo o balanço divulgado esta segunda-feira pela Agência de Defesa Civil do Condado do Havai, já foram detectadas pelo menos dez fissuras em Leilani Estates, a cerca de 19 quilómetros do vulcão Kilauea. De acordo com o Observatório de Vulcões do Havai, as fissuras chegam a lançar lava a uma altura de 70 metros. É nesta zona que se concentra o maior risco de perigo, diz a Associated Press.
“Não é altura para passeios”, avisou a Agência de Defesa Civil do Condado de Havai. Na mesma declaração, a agência ressalva que os habitantes vão poder continuar a retirar os seus pertences entre as 7h e as 18h, durante os próximos dias. A excepção aplica-se aos moradores de Lanipuna Gardens, devido aos gases vulcânicos na atmosfera.
As autoridades lembram que os habitantes podem ajudar “tremendamente” caso se mantenham afastados das zonas evacuadas.
Independentemente da autorização para circular na região, os moradores devem estar preparados para abandonarem o local a qualquer momento, devido aos gases tóxicos como o dióxido de enxofre libertado, ao risco de sismos e à lava.
O vulcão Kilauea é um dos vulcões mais activos do mundo e um dos cinco da ilha. Está em constante erupção desde há 35 anos. As autoridades não conseguem prever onde irão acontecer as próximas fissuras e grandes fluxos de lava com temperaturas até aos 1150 graus Celsius. O estado é de alerta.