FNE aponta para "fortíssima adesão" à greve dos trabalhadores não docentes
Com esta greve os trabalhadores não docentes reivindicam a integração dos vínculos precários, uma carreira específica e meios suficientes para assegurar o bom funcionamento das escolas.
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, diz que os dados iniciais confirmam uma "fortíssima adesão" à greve desta sexta-feira dos trabalhadores não docentes, com escolas fechadas em todo o país.
Em declarações aos jornalistas em frente à Escola Básica e Secundária Passos Manuel, em Lisboa, João Dias da Silva disse ter indicações de muitas escolas encerradas de Norte a Sul do país, dando do exemplo deste liceu, que "habitualmente não costuma fechar" e onde apenas um trabalhador se apresentou ao serviço.
"As maiores escolas de Bragança estão encerradas, há escolas no Porto encerradas e também em Espinho. (...) Concretiza-se uma fortíssima adesão à greve pela incapacidade do Governo em dar respostas a um problema que é reconhecido, de que se fala há tanto tempo e que o Governo continua sem resolver", afirmou.
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Orlando Gonçalves, disse aos jornalistas que a expectativa é de que "esta greve vá ter uma adesão muito forte".
"Os trabalhadores sentem de facto as suas expectativas defraudadas, este Governo prometeu muito e cumpriu muito pouco, nomeadamente no que diz respeito à precariedade dos trabalhadores", sublinhou
O presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores, Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte disse à Lusa que se prevê "o encerramento de 60 a 70% de escolas no Porto" devido à greve dos trabalhadores não docentes
A adesão à greve do pessoal não docente nas escolas da Madeira está a ter "uma adesão "significativa" e a provocar "alguns constrangimentos" no funcionamento dos estabelecimentos escolares, disse à Lusa fonte sindical.
Os trabalhadores não docentes cumprem um dia de greve para exigir a integração dos vínculos precários, uma carreira específica e meios suficientes assegurar para o bom funcionamento das escolas.
A greve é convocada por estruturas sindicais afectas às duas centrais sindicais, CGTP e UGT, no dia em que o calendário escolar tem marcada uma prova de aferição de Educação Física para os alunos do 2.º ano de escolaridade.