Oceanos
Por um oceano limpo
São treze milhões de toneladas de plástico a chegar ao oceano, por ano. Garrafas, embalagens, palhinhas, correias de plástico e materiais de pesca constituem a maior parte do lixo encontrado nos oceanos. Na UE, os países concordaram em começar a monitorizar a quantidade de plástico consumido e em tomar medidas capazes de promover a substituição de produtos descartáveis e de curta duração por materiais reutilizáveis e mais duradouros.
Na Europa produz-se 25 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano. Só 30% seguem para reciclagem. Em 2018, a UE destinou 350 milhões de euros para o estudo e desenvolvimento de materiais mais ecológicos e para o melhoramento dos processos (tecnologia) de reciclagem. O objectivo é que em 2030 todas as embalagens de plástico sejam reutilizáveis ou recicláveis.
O plástico tem muitas aplicações positivas e essenciais para a humanidade. Tornou-se um material insubstituível nos sectores de embalagem, construção, transporte, dispositivos médicos, equipamentos desportivos, por exemplo. Há centenas de substâncias plásticas diferentes, consoante a sua aplicação final.
Produção de materiais plásticos no mundo
Em milhões de toneladas
Principais sectores que utilizam o plástico como matéria-prima
Em percentagem
O lixo plástico tornou-se uma presença quase constante em qualquer actividade marinha, tal como na pesca, no surf, na prática balnear, etc. Uma garrafa de plástico pode durar cerca de 450 anos, fragmentando-se lentamente e, eventualmente, transformando-se em partículas microscópicas, mas nunca desaparecendo totalmente. Por exemplo, já foram encontradas partículas no gelo do Árctico. Um saco de plástico para embalagem, usado, em média, durante apenas 12 minutos, pode levar entre 100 e 300 anos a decompor-se.
Consumo de descartáveis em Portugal...
Por ano
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Consumo de descartáveis em Portugal...
Por ano
... no mundo
Plástico... se não o podes reutilizar, recusa-o
Dois terços do plástico no oceano chegaram por via terrestre. Provêm principalmente de descargas industriais, aterros e lixeiras perto da costa, de sistemas de saneamento que não filtram os microplásticos e de lixo abandonado em praias ou zonas costeiras. A terça parte restante provém de perdas no mar, cargas de navios ou material de pesca caído ou deitado ao mar.
80%
do lixo marinho é plástico
Há 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos
O consumo anual de plástico ultrapassou os 320 milhões de toneladas. Segundo as Nações Unidas, se as taxas de poluição actuais se mantiverem, em 2050 haverá mais plástico do que peixes no mar
Um sistema gigante de distribuição de plásticos
Cinco grandes correntes oceânicas – os giros – transportam o lixo marinho e acumulam-no nalgumas zonas dos oceanos, formando grandes ilhas de lixo, incluindo plásticos e partículas de plástico.
Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GMLP)
A Grande Mancha de Lixo do Pacífico é a maior lixeira de plástico do mundo e está a aumentar exponencialmente, segundo um estudo publicado pela Nature em Março 2018. Para amostra, os cientistas recolheram mais de um milhão de objectos (1.136.145), com 668 kg de peso total, numa área de 1,6 milhões de km2. O plástico constitui 99% do lixo encontrado.
O plástico na cadeia alimentar
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O Dia da Terra foi criado em 22 de Abril de 1970, com uma manifestação nos EUA que conseguiu reunir cerca de 20 milhões de pessoas. Estas manifestavam-se contra a deterioração do meio ambiente provocada por derrames de petróleo, poluição industrial, falta de políticas de saneamento, uso de pesticidas e produtos tóxicos, urbanismo desenfreado e consequente perda de vida natural e selvagem. O movimento nasceu de uma “aliança” de todos os sectores da sociedade, esquerda e direita, pobres e ricos, pessoas de todos os quadrantes, na defesa comum da preservação da nossa casa, o planeta Terra. Actualmente, 192 países, envolvendo mais de mil milhões de pessoas no mundo, participam no movimento.