Tropas de Assad voltam a controlar Douma, para onde foi mobilizada a polícia militar russa
Depois do ataque químico de sábado e de vários bombardeamentos, o Governo sírio retomou o controlo de Ghouta Oriental. A polícia militar russa foi enviada para o terreno na sequência do acordo com os rebeldes e da escalada de tensões com os Estados Unidos.
O Governo sírio assumiu controlo total da cidade de Douma e, consequentemente, da região de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, segundo anunciaram agências de notícias russas durante a madrugada. Entretanto, também a polícia militar da Rússia, aliada do regime sírio de Bashar al-Assad, foi mobilizada para a cidade síria na quarta-feira, segundo anunciou o ministério da Defesa russo, citado pela agência de notícias RIA. “Eles são os que garantem a lei e a ordem na cidade”, informou o ministério.
Vários órgãos de comunicação social russos tinham já noticiado que o Governo sírio tinha tomado controlo absoluto de Douma, que era o último bastião de rebeldes nos arredores de Damasco. As forças militares de Damasco já hastearam as suas bandeiras em Douma, depois de a terem reconquistado com várias ofensivas à cidade, incluindo dezenas de bombardeamentos apoiados pela aviação militar russa.
Além dos bombardeamentos, Bashar al-Assad é também acusado de ser o responsável do ataque químico de sábado passado – que matou dezenas de pessoas e deixou centenas feridas. Com esse ataque, Assad conseguiu a rendição dos combatentes da oposição na zona de Douma, em Ghouta Oriental, uma importante vitória para o seu regime.
Já a decisão de enviar tropas militares russas para Douma surge na sequência do acordo com o grupo rebelde Jaish al-Islam – com quem foi negociada a pacificação de Douma –, mas também de uma escalada de tensões internacional que se seguiu ao ataque químico de sábado. Os Estados Unidos, em cooperação com França e Reino Unido, prometeram dar resposta ao ataque – e a iminência dessa resposta tem vindo a ganhar força nos últimos dias. Mas a Rússia mantém-se firme na protecção do aliado Assad — a intenção de Moscovo de responder a qualquer ofensiva norte-americana na Síria continua de pé.