O Taj Mahal está em risco? Tempestade deixa fragilidades à vista

O monumento está em obras há quatro anos, mas o único resultado visível é uma floresta de andaimes.

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Os destroços das colunas, visíveis no chão, após a passagem de uma tempestade LUSA/PAWAN

Uma tempestade violenta que atingiu a cidade de Agra, na Índia, destruiu dois pilares ancestrais de quatro metros de altura à entrada do Taj Mahal. Os danos põem a descoberto o estado de fragilidade do imponente monumento e estão a gerar preocupação.

Os pilares decorativos localizavam-se junto do “portão real” e do portão do sul que dá acesso aos jardins do monumento. As duas colunas acabaram por não resistir aos fortes ventos registado na região nesta quarta-feira, como noticiou a AFP, citando um representante do Serviço de Arqueologia da Índia.

Imagens registadas no local mostram os pilares destruídos no chão, com algumas espirais decorativas ainda intactas.

A violência da tempestade não afectou nenhum dos quatro minaretes de mármore que, quais sentinelas, rodeiam a atracção turística mais famosa do país. Diariamente, o Taj Mahal é visitado por cerca de 10 mil turistas.

As obras de recuperação do Taj Mahal já se arrastam há quatro anos. No entanto, os resultados continuam a não ser visíveis, ao contrário de vários andaimes espalhados ao longo do complexo. As dúvidas sobre qual o método mais adequado para intervir na zona central do monumento tem sido a principal razão do atraso, justificam as autoridades.

Rodeado por jardins, o Taj Mahal foi erguido pelo Príncipe Khurram em memória de Mumtaz Mahal, a princesa de origem persa pela qual se apaixonou. Mahal morreu em 1631, no parto do seu 14.º filho. Um ano depois, o então imperador ordenou o início da construção do memorial como um monumento ao amor que os uniu durante 19 anos. O complexo, que em 1983 foi consagrado pela UNESCO como Património da Humanidade, é constituído por mármore e materiais preciosos como jade e cristais.

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