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Trump propôs encontro a Putin na Casa Branca, diz o Kremlin

O convite foi feito numa conversa telefónica antes da crise diplomática aberta pelo envenenamento de ex-espião.

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Putin e Trump no G20, em Julho de 2017 Reuters

O Presidente norte-americano, Donald Trump, propôs ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, um encontro na Casa Branca quando falaram por telefone no dia 20 de Março, afirmou esta segunda-feira o conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov.

“Durante a conversa telefónica, foi o próprio Trump que propôs um encontro”, disse Ushakov à imprensa. “Trump propôs organizar este encontro em Washington, na Casa Branca”, precisou, adiantando que depois as “relações bilaterais se deterioraram mais uma vez” com as expulsões recíprocas de diplomatas relacionadas com o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal em Inglaterra.

O ex-espião e agente duplo de 66 anos, e a sua filha Iulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 4 de Março em Salisbury, no Sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso.

O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta acusação.

A crise diplomática originada pelo envenenamento de Skripal e da filha já levou à ordem de expulsão de cerca de 300 diplomatas, segundo a agência AFP.

A 14 de Março, o Reino Unido anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos, uma manobra diplomática que foi seguida nos últimos dias por muitos países ocidentais, pela Ucrânia e pela NATO, o que afectou mais de 150 membros de representações diplomáticas da Rússia em dezenas de países.

Na sexta-feira, a Rússia chamou os embaixadores de 23 países para anunciar que receberiam uma retaliação idêntica à que haviam decretado contra os russos, o que eleva para mais de 300 os diplomatas afectados pela maior onda de expulsões diplomáticas da História.

Ainda na sexta-feira, já depois de ter decretado a saída de 23 britânicos, a Rússia disse que as autoridades do Reino Unido devem reduzir o seu pessoal na Rússia "em mais 50 pessoas" para que o número de saídas recíprocas fique equiparado.