África no Rock in Rio, com Bonga, Baloji, Selma Uamusse, Batuk e Paulo Flores

O cartaz composto por música africana do Palco EDP Rock Street do festival lisboeta que decorre nos fins-de-semana de 23 e 24 e 29 e 30 de Junho terá nomes como Kimi Djabaté, Tabanka Djaz, Ferro Gaita, Karlon, A’Mosi Just A Label, Nástio Mosquito ou Moh! Kouyaté.

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O rapper nascido no Congo e criado na Bélgica Baloji é um dos nomes confirmados para o palco EDP Rock Street do Rock in Rio DR

Artistas com origens nos mais variados países africanos vão actuar no Rock in Rio no palco EDP Rock Street, de Angola a Cabo Verde, passando por Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Zimbabwe ou África do Sul, entre muitos outros. A programação desse palco do festival decorre nos fins-de-semana de 23 e 24 e 29 e 30 de Junho.

Logo no primeiro dia, sábado, 23, Kimi  Djabaté, que nasceu na Guiné-Bissau mas está radicado em Portugal há mais de 20 anos, leva o seu balafon, a sua voz e a sua banda para a Belavista, abrindo um cartaz que inclui os seus compatriotas Tabanka Djaz, que andam há 30 anos a manter viva a chama do estilo gumbé, e José Adelino Barceló de Carvalho, o músico e ex-atleta angolano que é mais conhecido por esse mundo fora como Bonga.

Esse primeiro fim-de-semana fecha no domingo, 24, com Karlon, o rapper do duo Nigga Poison que a solo tem explorado os ritmos e a música da Cabo Verde de onde vieram os seus antepassados. A acompanhá-lo estarão, entre outros, nomes incontornáveis do rap nacional, como o também rapper Chullage ou DJ X-Acto. A noite prossegue com o congolense criado na Bélgica Baloji, rapper e mistura influências do seu país natal, do mundo francófono e da música norte-americana, e fecha com os cabo-verdianos Ferro Gaita, que há mais de 20 anos andam a espalhar funaná, batuque e outros géneros pelos quatro cantos do mundo.

Passada uma semana, na sexta-feira, 29, a programação inicia-se com A’Mosi Just A Label, o nome que o angolano Jack Nkanga, que canta e toca guitarra, tem usado nos últimos anos para assinar a sua versátil fusão de música dos povos bazongo com soul, jazz, funk e até punk, continuando com o também angolano Nástio Mosquito, artista plástico que co-apresenta com Vitor Belanciano Catinga, um podcast do PÚBLICO, em que actua com a sua DZZZ Band, que inclui o ubíquo teclista João Gomes, e acabando com Moh! Kouyaté, que nasceu na Guiné-Conacri, está radicado há anos em Paris, e une a tradição Mandinka a géneros musicais mais anglo-saxónicos como blues, soul ou jazz.

O último dia é o único com mulheres em destaque, começando com a moçambicana radicada em Lisboa Selma Uamusse, que foi voz dos WrayGunn e Cacique '97, entre inúmeros outros projectos, e, espera-se, lançará finalmente o primeiro disco a solo, cantado em changana e chope, línguas moçambicanas, com instrumentos tradicionais, este ano. Segue-se depois o colectivo Batuk, que é na sua essência um trio de house cruzada com música africana, com os sul-africanos Spoek Mathambo e Aero Manyelo, que produzem, e a vocalista moçambicana Carla Fonseca, ou Manteiga, que canta em português. Por fim, o gigante angolano Paulo Flores, que conta com 30 anos de carreira, concorreu recentemente ao Festival da Canção com Patati Patata e lança este ano em Portugal Kandongueiro Voador, o seu mais recente álbum que já saiu no seu país natal.

Entre as atracções do palco principal do festival, o Palco Mundo, contam-se Muse, Haim, Demi Bruno Mars, Lovato, The Killers, The Chemical Brothers, Xutos & Pontapés, Katy Perry ou Jessie J.

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