Assembleia da República condena morte de Marielle Franco e faz minuto de silêncio

No texto, a Assembleia da República exprime "a mais veemente condenação pela violência e pelos crimes políticos e de ódio que aumentam de dia para dia no Brasil".

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O corpo de Marielle Franco foi sepultado quinta-feira LUSA/JOEDSON ALVES

O Parlamento português condenou esta sexta-feira a morte da vereadora e activista dos direitos humanos Marielle Franco no Rio de Janeiro, "brutalmente assassinada a tiro na passada quarta-feira".

O voto de pesar e condenação foi anunciado logo na quinta-feira pela líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro. Foi aprovado por unanimidade esta sexta-feira, a que se seguiu um minuto de silêncio.

O texto aprovado pelos deputados refere que Marielle Franco era relatora da comissão de acompanhamento da Intervenção Federal no Rio de Janeiro e, "nos últimos dias, havia denunciado o assassinato de jovens negros pela Polícia Militar do estado".

"Socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e crítica da recente ocupação de vastas áreas urbanas pela intervenção militar do governo federal no Rio de Janeiro, Marielle Franco empenhou-se na luta pelos direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e dos moradores de favelas e periferias, e na denúncia da violência policial", acrescenta o voto.

No texto, a Assembleia da República exprime "a mais veemente condenação pela violência e pelos crimes políticos e de ódio que aumentam de dia para dia no Brasil".

O carro em que a vereadora viajava foi alvejado com tiros na quarta-feira à noite quando saía de um evento no bairro da Lapa, na zona central da capital carioca.

O crime, que tem indícios de ter sido uma execução, está a ser investigado pelas autoridades policiais locais.

A Organização das Nações Unidas já pediu que as investigações "sejam feitas o mais rapidamente possível" e de forma "completa, transparente e independente", para que os resultados "possam ser vistos com credibilidade".