Bombom de 7728 euros em exposição no Festival de Chocolate de Óbidos
O Glorious é feito com chocolate Valrhona negro equatorial, filamentos de açafrão, trufa branca Perigord e baunilha de Madagáscar, entre outros ingredientes. É revestido a ouro de 23 quilates.
Glorious, "o bombom mais caro do mundo", vai mostrar-se em Óbidos no último fim-de-semana do Festival Internacional de Chocolate, onde o público poderá apreciar o exclusivo chocolate revestido a ouro e vendido a 7728 euros. O bombom estará patente ao público nos dias 17 e 18 deste mês, naquela que é a "segunda aparição em público desde o lançamento, em 2015", disse à Lusa o mestre chocolatier Daniel M. Gomes.
Ao chocolate Valrhona negro equatorial juntam-se, no interior, filamentos de açafrão, trufa branca Perigord, óleo de trufa branca, baunilha de Madagáscar, flocos de ouro e... um ingrediente secreto. Por fim, o bombom é revestido a ouro de 23 quilates.
"É um produto em que procurámos os ingredientes mais caros para a sua confecção", explicou à Lusa o seu autor, Daniel M. Gomes, que trabalhou durante cerca de um ano na criação do bombom "exclusivo e direccionado para um mercado de luxo".
Glorious terá uma edição limitada de apenas mil bombons, vendidos numa embalagem que é "uma obra de arte e quase como que um guarda-jóias", que pode ser usado depois de comido o bombom. A embalagem é composta por uma base de madeira lacada a preto, com a gravação em ouro do número de série e uma campânula em cristal, revestida a milhares de cristais e pérolas Swarovski, finalizando com uma pega em fita de ouro.
A exclusividade do produto inclui "a obrigatoriedade de não divulgarmos a quem são vendidos os bombons", afirmou Daniel M. Gomes, revelando apenas os países aonde já chegaram os Glorious: Emirados Árabes Unidos, Rússia, Angola e Argentina. Em Portugal, "já houve contactos, mas ainda não foi feita nenhuma venda", disse o chocolatier.
O bombom mais caro do mundo, que em Óbidos vai estar na tenda das esculturas rodeado de seguranças, é feito em Leiria, na Daniel's Chocolate, mas "guardado num local secreto" e transportado para os países onde já foi adquirido com "elevadas medidas de segurança e conservação, e com todos os mecanismos de segurança activados até que chegue à casa do cliente". Até hoje, acrescentou, "nenhum chegou partido".
O bombom em forma de diamante não é para todas as bolsas, mas "gera toda a espécie de reacções", esperando o Daniel M. Gomes que as opiniões de quem o vá ver se dividam entre "os que acham aceitável criar uma raridade cara e exclusiva" e os que "consideram uma extravagância um bombom poder custar mais de sete mil euros". Para o chocolatier é um desafio ganho, que lhe valeu a entrada num mercado de luxo e "catapultou a empresa para outros mercados de gama alta".
"Já lançámos um outro produto único no mundo, um bombom com recheio de vinho do Porto que está a ser vendido para mercados internacionais", e um bombom de ginja para o Festival Internacional de Óbidos, anuncia Daniel M. Gomes. Na calha estão agora bombons exclusivos para cada zona do país.
O festival Internacional de Chocolate de Óbidos estará aberto ao público até 18 de Março, de sexta-feira a domingo, na Cerca do Castelo, em Óbidos. O bilhete de entrada geral no evento é de 6,5 euros.