Wall Street negoceia em ambiente de incerteza sobre medidas proteccionistas

A bolsa de Nova Iorque arrancou hoje em baixa no início da sessão, no meio de alguma incerteza quanto ao alcance das medidas proteccionistas defendidas pelo Presidente Donald Trump.

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Reuters/BRENDAN MCDERMID

No início da sessão, cerca das 15h00 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones recuava 0,72% para 24.704,03 pontos e o Nasdaq perdia 0,42% para 7.340,92 pontos.

O índice alargado S&P 500 baixava 0,47% e estava em 2.715,17 pontos.

Na terça-feira foi anunciado que o principal conselheiro económico de Trump, Gary Cohn, abandona a Casa Branca após entrar em ruptura com o presidente norte-americano sobre a intenção de taxar as importações do aço e do alumínio.

"Os mercados consideram que Gary Cohn era a voz da razão face a uma guerra comercial que Trump parece desejar. A sua saída significa, a curto prazo, que os conselheiros económicos do presidente são bastante mais populistas e menos abertos à economia de mercado do que o antigo membro do (banco) Goldman Sachs", comentou o analista Gregori Volokhine, citado pela AFP.

Na terça-feira, depois de uma sessão marcada pela hesitação, Wall Street acabou por encerrar em alta.

Entre os sectores mais penalizados estão não só as pequenas e médias empresas, mas também os grupos industriais e os fabricantes automóveis. Ainda assim, perante as primeiras reacções de queda, as acções destes sectores acabaram por atenuar as maiores desvalorizações. 

No resto, o comportamento dos investidores foi dominado por decisões de prudência, em especial com a transferência de capitais das acções para o mercado de dívida, um pouco por todo o mundo, e para moedas como o iene, com o dólar a subir em relação às suas principais congéneres. Ainda assim, a postura continua a ser de alguma expectativa relativamente aos próximos episódios desta guerra comercial.