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Se te sentes a afundar, isso não é amor
“Nunca o amor romântico pode justificar a violência”, dizia a presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), Maria José Magalhães, ao PÚBLICO, um dia depois do Dia dos Namorados. Declarava isto em resposta a um estudo da associação, divulgado em Fevereiro de 2018, que diz que um em quatro jovens portugueses acha a violência sexual no namoro “natural”. É banal (40%) impedir alguém de se vestir como quer. É normal para 20% dos jovens com idade média de 15 anos trocar insultos numa discussão. E se não deixar marcas, então não é agressão, dizem 320 jovens, entre os 4 mil inquiridos.
Todas estas situações também eram naturais para a jovem que surge na animação da Day One, uma organização norte-americana que luta para acabar com os abusos no namoro. Sempre ao som da Walking on Sunshine, uma música aparentemente alegre, as personagens caminham de uma relação aparentemente saudável — desde logo se notam alguns indícios que mostram que o personagem masculino poderá ser controlador e possessivo — para um namoro abusivo. O objectivo é mostrar que a violência nem sempre é física. Mas que isso não a torna “natural”.