A Kroger, empresa que detém a cadeia norte-americana de supermercados Fred Meyer, juntou-se ao Walmart na decisão de proibir a venda de armas a menores de 21 anos nas suas lojas. É o terceiro grande retalhista a alterar a sua política de venda de armas esta semana – a Dick's Sporting Goods deixou mesmo de vender semiautomáticas nas suas lojas. 

“Os acontecimentos recentes demonstram que é necessária uma acção adicional da parte dos vendedores de armas. Vamos aumentar a idade mínima de compra de armas e munições para os 21 anos em todas as nossas Fred Meyer de localizações onde se vendam armas de fogo", explicou a empresa, em comunicado, citado pelo canal norte-americano NBC.

A empresa informou ainda que vai deixar de vender espingardas de assalto e semelhantes nas suas lojas do Alasca, à semelhança do que já acontecia nas lojas dos estados de Oregon, Washington e Idaho "há vários anos". A decisão veio “em resposta aos eventos trágicos de Parkland”, justificou o maior retalhista dos EUA.

A Kroger junta-se à cadeia de lojas Walmart, que anunciou esta quarta-feira o aumento da idade mínima para compra de armas, e à cadeia de lojas de produtos desportivos Dick’s Sporting Goods, que anunciou que deixaria de vender semiautomáticas. Estas medidas vêm na sequência do ataque à Escola Secundária Marjorie Stoneman Douglas, em Parkland, na Florida, no dia 14 de Fevereiro, onde morreram 17 pessoas.

Na última quarta-feira, Donald Trump reuniu-se com 17 senadores na Casa Branca para avaliar a alteração da legislação de acesso às armas. “Não se pode comprar um revólver com 18, 19 ou 20 anos. Mas pode-se comprar uma das armas usadas para concretizar este ataque”, disse Trump durante a reunião, referindo-se à AR-15 usada pelo atirador da Florida, um ex-aluno.