Portugal vai acolher mais 1010 refugiados até 2019
Programa da ACNUR prevê a colocação em países europeus de 50 mil refugiados até ao final do próximo ano
O Governo anunciounesta sexta-feira que Portugal vai acolher mais 1010 refugiados até 2019, um acordo celebrado no âmbito do programa de reinstalação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Com este novo compromisso com o ACNUR, os 1010 refugiados em Portugal juntar-se-ão aos 1700 que já se encontram no país, estes últimos ao abrigo do Programa de Recolocação da União Europeia.
A secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Rosa Monteiro, sublinhou à agência Lusa que o compromisso para receber 1010 refugiados a partir deste ano "decorre da boa experiência de bom acolhimento e de integração que Portugal vem desenvolvendo".
A membro do Governo salientou que, para o reforço do acolhimento de refugiados, manter-se-á "a mesma lógica descentralizada, a mesma estrutura de trabalho com a sociedade civil".
Este programa do ACNUR prevê a colocação em países europeus de 50 mil refugiados até ao final do próximo ano e é um plano que sucede ao Programa de Recolocação da União Europeia para dar resposta ao fluxo de migrantes que chegam à Europa.
Rosa Monteiro falou à Lusa no decorrer na sessão de lançamento da publicação "Abordando o Deslocamento Forçado através do Planeamento e Cooperação de Desenvolvimento: Orientação para Decisores Políticos e Profissionais", organizada pelo Alto Comissariado para as Migrações e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no Auditório do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes, em Lisboa.
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, e o director da direcção de Cooperação e Desenvolvimento da OCDE, Jorge Moreira da Silva, intervieram na abertura.
O relatório da OCDE foi apresentado num debate moderado pelo Alto-comissário das Migrações, Pedro Calado, com comentários do presidente da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, Jorge Sampaio, e do coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, encerrou a sessão.